sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sinais e Sintomas mais comuns no bebê de 4 a 6 meses

Febre

Trata-se da elevação da temperatura corpórea. É considerada febre a temperatura axilar, medida por meio de termômetro, que está acima de 37,8 °C.

- O período do dia (no final da tarde a temperatura da criança é maior do que à noite ou pela manhã), a atividade física e a quantidade de roupas influenciam a temperatura corporal normal da criança.


- É uma resposta do organismo a uma situação em que ele se defende de algum agente
agressor, como uma infecção.


- As causas mais comuns da febre são infecções benignas: gripes, otites, pneumonias etc.
- A febre pode ser tratada com antitérmicos prescritos pelo médico. Além disso, deve-se reduzir o número de roupas e dar banho.


- Quando a febre preocupa mais (sinais de alerta):


- Bebês de menos de 3 meses com temperatura acima de 37,8 °C.


- Crianças de qualquer idade com febre acima de 39 °C.


- Crianças de qualquer idade, com qualquer intensidade de febre, que estejam abatidas e prostradas (sem brincar) ou que apresentem outros sintomas associados à febre, como falta de ar, manchas na pele, vômitos ou diarreia.

Tosse

Trata-se de um mecanismo de defesa do sistema respiratório diante de um agente agressor, inflamatório ou infeccioso. Pode ser seca ou produtiva (com catarro). Diversas doenças levam a quadros mais ou menos intensos de tosse. Como se trata de um mecanismo de defesa, a tosse não deve ser inibida. Ajuda muito o uso de remédios fluidificantes (que deixam a secreção menos espessa, favorecendo a expectoração), como lavagem do nariz com soro fisiológico e inalações.

É sinal de alerta de que algo não vai bem a tosse acompanhada das seguintes situações:

- Falta de ar.
- Criança prostrada, sem querer comer nem brincar.
- Criança que não consegue beber líquidos nem mamar.
- Quando a região em redor da boca ou embaixo das unhas fica azulada (arroxeada).
- Secreção nasal ou pulmonar amarela ou esverdeada.
- Vômitos repetidos após a tosse ou provocados por ela.
- Tosse com febre por mais de 3 dias.

Vômitos

É importante nesse tópico diferenciar vômito de regurgitação. A grande maioria dos bebês
pequenos (menos de 6 meses) regurgita – isto é, devido a um mecanismo fisiológico normal há o refluxo do conteúdo gástrico para a boca do bebê, causado por imaturidade dos esfíncteres esofágicos (responsáveis pela contenção do líquido dentro do estômago). Esse sintoma melhora com o passar dos meses. No vômito, há a saída abrupta do conteúdo gástrico através da boca (em jato), o que representa uma condição de doença, na maioria das vezes aguda. O que pode causar vômitos:


- Quadros infecciosos virais ou bacterianos.
- Alimentos contaminados.
- Intoxicação medicamentosa.


É muito importante considerar que a criança que vomita pode desidratar-se rapidamente, em especial se for pequena, necessitando de tratamento para a parada dos vômitos e a reidratação.

Diarreia


A diarreia é caracterizada pela alteração do hábito intestinal, com diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações. Geralmente é causada por alguma infecção (como vírus e bactérias), pode vir acompanhada de febre e tem cura espontânea: em 3 a 5 dias a criança já está bem melhor. Nesse sentido é importante:


- Aumentar a ingestão de líquidos e reidratante oral para que a criança não se desidrate.
- Saber que, se a criança tiver vômitos, a chance de desidratação será muito maior.
- Ficar atento para ver se o bebê tem diurese (sinal de boa hidratação).
- Observar a cor, a consistência e a presença de sangue ou muco nas fezes.
- Ter cuidado especial em relação à prevenção de assaduras, uma vez que na diarreia as fezes podem ser mais ácidas.


- Continuar a oferecer a alimentação habitual, não é necessário mudar nada no caso de diarreia aguda (duração de até 7 dias).

- Observar um sinal de alerta: a diarreia que não tem boa melhora após 7 dias precisa ser
investigada.


Gripes e resfriados


Gripes e resfriados são processos infecciosos das vias aéreas superiores que ocorrem com muita frequência. São causados por tipos diferentes de vírus. Os sintomas mais comuns são:


- Febre, que pode ser alta, mas não dura mais do que 3 ou 4 dias.
- Obstrução nasal.
- Tosse, que pode ser produtiva (com catarro) ou mais irritativa (seca).
- Queda do estado geral (a criança não mama direito, não dorme e fica mais irritada). 


Geralmente a gripe e os resfriados passam sozinhos (após uns 5 dias) e não trazem complicações à criança além do incômodo. As medidas mais indicadas para tratamento desses casos são:

- Fazer lavagens nasais, com solução fisiológica, várias vezes ao dia.
- Tratar a febre com antitérmicos conforme a prescrição do médico.
- Aumentar a oferta de líquidos e lembrar que nesse momento a criança pode querer comer menos.
- Manter a cabeceira do berço elevada porque, nessa fase, dormir é mais difícil para o bebê.
 

Como é a boa evolução da gripe: melhora com o passar dos dias (3 primeiros dias); a criança fica “desanimada” durante a febre e volta a brincar quando ela passa; a secreção do nariz fica clarinha e melhora com o passar dos dias; e finalmente o apetite retorna aos poucos por volta do 3º ou 5º dia.

Otite


Otite é uma inflamação do ouvido (externo, médio ou interno).


- Ouvido externo: é formado por orelha, conduto auditivo e tímpano.
- Otite externa: tem ocorrência comum devido ao contato com a água (do mar, da piscina ou do chuveiro). Aparece uma vermelhidão ou secreção no local. Deve-se evitar a entrada de água no local por meio de curativos e tratar com antibióticos de solução em gotas.


- Ouvido médio: pequena cavidade logo após o tímpano onde ficam os ossículos responsáveis pela audição (martelo, bigorna e estribo) e a tuba auditiva, que liga o ouvido à garganta. 


 - Otite média aguda: pode ocorrer em conjunto com outras infecções respiratórias. Como há dor, a criança pode ficar irritada, com febre e ter dificuldade para dormir ou mamar; há saída de secreção pela orelha e diminuição da audição. O exame com o otoscópio ajuda o médico a diagnosticar a infecção.

- Ouvido interno: é composto de duas partes, uma relacionada à audição (cóclea) e a outra ao equilíbrio (canais semicirculares).

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQWxNVTM0T0o5UEE

Quais as vacinas que a criança de 1 ano deve tomar?

SCRV (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – 1ª e 2ª dose

Protege contra 4 infecções virais: Sarampo (doença febril acompanhada por manchas vermelhas na pele e que pode causar pneumonia, diarreia e morte); Caxumba (inflamação da glândula parótida, também chamada de papeira); Rubéola (doença acompanhada por manchas vermelhas na pele e que pode causar surdez, cardiopatia e alterações oculares no feto); e Varicela ou catapora (doença febril acompanhada por vesículas na pele e pode causar pneumonia grave, encefalite e infecções graves na pele). A vacina é constituída por vírus vivos atenuados. Existem três tipos de vacina: uma composta pela combinação dos quatro vírus (SCRV ou Tetraviral), outra pela combinação de três vírus (SCR ou Tríplice Viral) e uma que protege apenas contra a Varicela. 

A imunização deve ser feita em duas doses: a primeira aos 12 meses de vida e a segunda após um intervalo mínimo de 3 meses. Pode ser usada a Tetraviral ou, alternativamente, fazer a opção pela aplicação da Tríplice Viral e da Varicela em locais diferentes numa mesma visita, dependendo da indicação do médico. No sistema público, a partir de agosto/2013, será aplicada a Tríplice Viral com 12 meses e a Tetraviral com 15 meses de vida. Hepatite A – 2 doses A vacina que protege contra a Hepatite A, uma infecção viral que pode causar icterícia e inflamação aguda e potencialmente grave do fígado. É constituída pelo vírus da Hepatite A inativado. Deve ser administrada em duas doses, aos 12 e 18 meses de vida. O sistema público deverá disponibilizar essa vacina a partir de agosto/2013.

DTP (difteria, tétano e coqueluche) – 4ª dose

Protege contra Difteria (crupe), Tétano e Coqueluche (tosse comprida). É constituída por uma combinação das toxinas inativadas do tétano e da difteria e da bactéria da coqueluche inativada (vacina de célula inteira ou DTP) ou de produtos purificados dessa bactéria (vacina acelular ou DTPa). Com a DTP, disponível no sistema público, são mais frequentes alguns efeitos adversos após a aplicação, tais como febre alta e dor. Já na forma acelular (DTPa), disponível no sistema privado, essas reações costumam ser mais brandas e menos frequentes. A quarta dose deve ser dada aos 15 meses de idade. No sistema público a criança recebe a vacina DTP. No sistema privado a criança recebe essa quarta dose numa vacina pentavalente (DTPaHibIPV).

Hib (Haemophilus influenzae tipo b) – 4ª dose

Protege contra infecção pela bactéria Haemophilus influenzae do tipo b, que é responsável por doenças graves como meningite, pneumonia e epiglotite (inflamação da glote, que leva à falta de ar). A vacina é feita de componentes da parede dessa bactéria e deve ser aplicada por via intramuscular. A quarta dose deve ser dada aos 15 meses de idade combinada numa vacina pentavalente (DTPaHibIPV). No sistema público essa quarta dose não é indicada. Pólio oral ou Pólio inativada – 4ª dose Protege contra a Poliomielite ou paralisia infantil. Existem dois tipos de vacina: Pólio Oral, constituída pelo vírus da Poliomielite vivo e enfraquecido, e a vacina contendo o vírus da Poliomielite inativado (IPV), injetável. A quarta dose deve ser dada aos 15 meses de idade. No sistema público a criança recebe a vacina Pólio Oral. No sistema privado a criança recebe essa quarta dose numa vacina pentavalente (DTPaHibIPV). Independentemente dessa dose as crianças devem receber reforços durante as campanhas anuais contra a paralisia infantil do Ministério da Saúde.

Pneumocócica conjugada – 4ª dose

Protege contra o Pneumococo, uma das bactérias que mais causam meningite e pneumonia. A vacina é feita de componentes da parede dessa bactéria. Existe uma vacina contendo 10 sorotipos diferentes de Pneumococo (VPC10) e outra contendo 13 sorotipos (VPC13). No sistema público é utilizada somente a vacina contendo 10 sorotipos. No sistema privado, ambas podem ser usadas, dependendo da indicação do médico. No sistema público essa vacina é dada com 12 meses de idade. No sistema privado essa vacina é dada aos 15 meses de idade.

Meningocócica C – 3ª dose

Protege contra o Meningococo C, um dos tipos de bactéria que mais causam meningite e que tem grande capacidade de propagação entre indivíduos. A vacina é feita de componentes da parede dessa bactéria. Essa terceira dose deve ser dada aos 12 meses de vida. No sistema privado, essa terceira dose pode ser substituída pela vacina Menigocócica ACW135Y.

Meningocócica ACW135Y – 1ª dose

Amplia a proteção contra outros Meningococos (A, W135 e Y) além do tipo C, que estão entre as bactérias que mais causam meningite e que tem grande capacidade de propagação entre indivíduos. A vacina é feita de componentes da parede dessas bactérias. Essa dose deve ser dada aos 12 meses de vida, em substituição à Vacina Meningocócica C. Não está disponível no sistema público, apenas no privado.

Influenza ou Gripe - reforço anual

Protege contra o Vírus Influenza, responsável pela gripe, que pode causar pneumonia grave, sobretudo nos bebês, idosos e grávidas. Como esse vírus sofre mutações com muita frequência, a vacina necessita que sua composição seja modificada todos os anos e por isso precisa ser repetida anualmente. É constituída por frações do Vírus Influenza inativado. Esse reforço anual deve ser administrado antecedendo o período de maior circulação desse vírus (inverno).


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWb29sTmdrR3pqLTA

 
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