terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A golfada do bebê

Uma situação que é bastante comum em lactentes é a regurgitação que também costuma ser chamada de refluxo. Mais da metade dos bebês menores de um ano tem episódios de regurgitação, uns mais e outros menos. Isso se deve a uma imaturidade da transição do esôfago com o estômago. Os sintomas aumentam de intensidade do nascimento até os 4 meses de vida, a partir de então, tendem a diminuir e somente 5% das crianças persistem com o quadro até o primeiro ano de vida.

É importante que se diferencie a regurgitação, da doença do refluxo e do vômito. Refluxo gastroesofágico: ) Processo fisiológico q pode ocorrer frequentemente com os bebês) é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago (processo fisiológico que acontece diariamente nos bebês) Regurgitação: passagem do conteúdo gástrico para a orofaringe (refluxo que chega na boca). Também conhecido como “Golfada”

Vômito: expulsão do conteúdo gástrico através da boca

Doença do refluxo gastroesofágico: ocorre quando o refluxo gastroesofágico leva manifestações digestivas e/ou extradigestivas com prejuízo à saúde do lactente Bebês que tem regurgitação fisiológica ou refluxo fisiológico são saudáveis, crescem e se desenvolvem bem e não é necessário nenhum tratamento específico. É o chamado bebê regurgitador “feliz”, essa denominação existe porque a família observa e preocupa-se com a regurgitação, entretanto, a criança tem boa saúde e parece não se incomodar com a situação.

Quais as orientações gerais para essa situação:

- Leve seu filho regulamente ao pediatra. É ele quem mais entende da saúde do seu pequeno.

Conversar com todos da família que isso é uma situação comum em bebês e, geralmente, não está associada à doença. Não é necessário usar nenhum remédio se a criança tem bom crescimento e desenvolvimento. Com o passar do tempo o trato gastrointestinal fica mais maduro e os sintomas melhoram.

Toda vez que a criança mamar, a cabeça deve ficar mais alta que o resto do corpo, pois isso reduz a intensidade e os episódios de regurgitação.

O berço ou o lugar que a criança dorme deve estar elevado também (pelo menos 30 graus) Nos casos mais intensos, oferecer a alimentação mais vezes ao dia e em menores volumes. Crianças em aleitamento materno devem mantê-lo de forma exclusiva até os seis meses e a partir desta idade, manter o aleitamento materno até os 2 anos ou mais, com a introdução de novos alimentos.

Sob a orientação do pediatra e ausência do leite materno, pode-se utilizar, por um período de tempo, fórmula infantis chamadas AR( anti- regurgitação) para ver se os sintomas melhoram ou enquanto se investiga o que está acontecendo com o bebê. Estas fórmulas infantis contêm amido, que espessa em contato com o estômago e não permite que o conteúdo retorne. Elas tem as mesmas calorias de uma fórmula de rotina.

Não use chás, medicamentos, engrossantes sem a orientação do pediatra.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWb1U5d0tlN1YxbDg

Amamentação: benefícios para a vida

O ato de amamentar ajuda a criança na formação de anticorpos, essenciais nessa fase da vida para que ela possa crescer saudável. No entanto, os pontos positivos vão muito além e se estendem à questão psicológica e social.

É a partir da amamentação que os pequenos estabelecem uma ligação emocional precoce, o que facilita o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. O contato do bebê com o seio da mãe produz a ocitocina e a prolactina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e tranquilidade. Portanto, a formação psicossocial dos bebês é diretamente influenciada pela amamentação.

Quanto maior o tempo que os pequenos se alimentarem do leite materno, menor o risco de
desenvolverem alergias alimentares, asma, rinite ou eczema de pele. E tem mais: a amamentação é responsável pela boa formação do sistema nervoso, da musculatura facial e também estimula a inteligência, afinal, é no leite da mamãe que se encontram as proteínas, açúcar, gordura e água necessários aos bebês.

Para as mamães

As mães também têm vantagens enquanto amamentam os filhos. Em um único dia de amamentação gastam-se entre 500 e 700 calorias, ou seja, amamentar ajuda a emagrecer e levantar a autoestima. Ajuda, ainda, o útero a regressar ao seu tamanho normal mais rapidamente, e a perda de sangue após o parto acaba mais cedo. Outro ponto positivo é o fato de proteger contra os tumores de mama e do ovário, osteoporose e anemia.

Na questão psicológica, as mamães tendem a se sentirem mais seguras e menos ansiosas.
Então, por que não valorizar esse ato que só traz benefícios para as mamães e seus filhos?
Pense nisso.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYXFhSzg0czNxOVU
 

Sinais e Sintomas mais comuns na criança de 1 ano

Febre

Trata-se da elevação da temperatura corpórea. É considerada febre a temperatura axilar, medida por meio de termômetro, que está acima de 37,8 °C.

- O período do dia (no final da tarde a temperatura da criança é maior do que à noite ou pela manhã), a atividade física e a quantidade de roupas influenciam a temperatura corporal normal da criança.
- É uma resposta do organismo a uma situação em que ele se defende de algum agente agressor, como uma infecção.
- As causas mais comuns da febre são infecções benignas: gripes, otites, pneumonias etc.
- A febre pode ser tratada com antitérmicos prescritos pelo médico. Além disso, deve-se reduzir o número de roupas e dar banho. - Quando a febre preocupa mais (sinais de alerta):
- Bebês de menos de 3 meses com temperatura acima de 37,8 °C.
- Crianças de qualquer idade com febre acima de 39 °C.
- Crianças de qualquer idade, com qualquer intensidade de febre, que estejam abatidas e prostradas (sem brincar) ou que apresentem outros sintomas associados à febre, como falta de ar, manchas na pele, vômitos ou diarreia.

Tosse

Trata-se de um mecanismo de defesa do sistema respiratório diante de um agente  agressor, inflamatório ou infeccioso. Pode ser seca ou produtiva (com catarro). Diversas doenças levam a quadros mais ou menos intensos de tosse. Como se trata de um mecanismo de defesa, a tosse não deve ser inibida. Ajuda muito o uso de remédios fluidificantes (que deixam a secreção menos espessa, favorecendo a expectoração), como lavagem do nariz com soro fisiológico e inalações.

É sinal de alerta de que algo não vai bem a tosse acompanhada das seguintes situações:

- Falta de ar.
- Criança prostrada, sem querer comer nem brincar.
- Criança que não consegue beber líquidos nem mamar.
- Quando a região em redor da boca ou embaixo das unhas fica azulada (arroxeada).
- Secreção nasal ou pulmonar amarela ou esverdeada.
- Vômitos repetidos após a tosse ou provocados por ela.
- Tosse com febre por mais de 3 dias.

Vômitos

É importante nesse tópico diferenciar vômito de regurgitação. A grande maioria dos bebês
pequenos (menos de 6 meses) regurgita – isto é, devido a um mecanismo fisiológico normal há o refluxo do conteúdo gástrico para a boca do bebê, causado por imaturidade dos esfíncteres esofágicos (responsáveis pela contenção do líquido dentro do estômago). Esse sintoma melhora com o passar dos meses. No vômito, há a saída abrupta do conteúdo gástrico através da boca (em jato), o que representa uma condição de doença, na maioria das vezes aguda.
 
O que pode causar vômitos:

- Quadros infecciosos virais ou bacterianos.
- Alimentos contaminados.
- Intoxicação medicamentosa.

É muito importante considerar que a criança que vomita pode desidratar-se rapidamente, em especial se for pequena, necessitando de tratamento para a parada dos vômitos e a reidratação.

Diarreia

A diarreia é caracterizada pela alteração do hábito intestinal, com diminuição da consistência das fezes e aumento do número de evacuações. Geralmente é causada por alguma infecção (como vírus e bactérias), pode vir acompanhada de febre e tem cura espontânea: em 3 a 5 dias a criança já está bem melhor.

Nesse sentido é importante:

- Aumentar a ingestão de líquidos e reidratante oral para que a criança não se desidrate.
- Saber que, se a criança tiver vômitos, a chance de desidratação será muito maior.
- Ficar atento para ver se o bebê tem diurese (sinal de boa hidratação).
- Observar a cor, a consistência e a presença de sangue ou muco nas fezes.
- Ter cuidado especial em relação à prevenção de assaduras, uma vez que na diarreia as fezes podem ser mais ácidas.
- Continuar a oferecer a alimentação habitual, não é necessário mudar nada no caso de diarreia aguda (duração de até 7 dias).
- Observar um sinal de alerta: a diarreia que não tem boa melhora após 7 dias precisa ser
investigada.

Gripes e resfriados

Gripes e resfriados são processos infecciosos das vias aéreas superiores que ocorrem com muita frequência. São causados por tipos diferentes de vírus. Os sintomas mais comuns são:

- Febre, que pode ser alta, mas não dura mais do que 3 ou 4 dias.
- Obstrução nasal.
- Tosse, que pode ser produtiva (com catarro) ou mais irritativa (seca).
- Queda do estado geral (a criança não mama direito, não dorme e fica mais irritada).
 
Geralmente a gripe e os resfriados passam sozinhos (após uns 5 dias) e não trazem complicações à criança além do incômodo. As medidas mais indicadas para tratamento desses casos são:

- Fazer lavagens nasais, com solução fisiológica, várias vezes ao dia.
- Tratar a febre com antitérmicos conforme a prescrição do médico.
- Aumentar a oferta de líquidos e lembrar que nesse momento a criança pode querer comer
menos.
- Manter a cabeceira do berço elevada porque, nessa fase, dormir é mais difícil para o bebê.

Como é a boa evolução da gripe: melhora com o passar dos dias (3 primeiros dias); a criança fica “desanimada” durante a febre e volta a brincar quando ela passa; a secreção do nariz fica clarinha e melhora com o passar dos dias; e finalmente o apetite retorna aos poucos por volta do 3º ou 5º dia.

Otite

Otite é uma inflamação do ouvido (externo, médio ou interno).

- Ouvido externo: é formado por orelha, conduto auditivo e tímpano.
- Otite externa: tem ocorrência comum devido ao contato com a água (do mar, da piscina ou do chuveiro). Aparece uma vermelhidão ou secreção no local. Deve-se evitar a entrada de água no local por meio de curativos e tratar com antibióticos de solução em gotas.
- Ouvido médio: pequena cavidade logo após o tímpano onde ficam os ossículos responsáveis pela audição (martelo, bigorna e estribo) e a tuba auditiva, que liga o ouvido à garganta.
- Otite média aguda: pode ocorrer em conjunto com outras infecções respiratórias. Como há dor, a criança pode ficar irritada, com febre e ter dificuldade para dormir ou mamar; há saída de secreção pela orelha e diminuição da audição. O exame com o otoscópio ajuda o médico a diagnosticar a infecção.
- Ouvido interno: é composto de duas partes, uma relacionada à audição (cóclea) e a outra ao equilíbrio (canais semicirculares).


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUWE3SVJCSFZqM0E
 

O que fazer quando o pediatra está em férias ?

O pediatra é o médico da criança e a pessoa que a família mais confia para qualquer coisa que aconteça. Tê-lo por perto traz muita segurança e tranquilidade para todos. Entretanto, em algum período do ano esse profissional também tira suas férias, o que pode trazer ansiedade e preocupação para os pais.

 
E se acontecer alguma coisa? O que fazer ?

Primeiro, lembre-se de tudo que o médico conversou com vocês durante as consultas no ano, todas as dúvidas e situações que foram compartilhadas, os medicamentos e as doses que ele costuma orientar para situações como febre e dor. Deixe tudo anotado.

Vale, se possível, uma consulta antes das férias do pediatra para ver se está tudo bem com a criança, contar se está acontecendo algo e tirar todas as dúvidas atuais e futuras. Inclusive, nesse momento, pergunte ao pediatra o que você deve fazer nos períodos das férias dele.

Alguns deixam um outro pediatra de confiança para contato, outros deixam um telefone ou e-mail para situações de urgência ou, ainda, um pronto atendimento de confiança para as situações nas quais a criança precisa ser examinada. Não fique com nenhuma dúvida.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUlRUT1hUelhTQUU
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