terça-feira, 18 de novembro de 2014

A construção do paladar das crianças

Que pai ou mãe nunca sonhou com uma refeição tranquila, com os filhos sentados a mesa saboreando alimentos nutritivos sem a preocupação se estão comendo a quantidade e qualidade adequadas?

Se entendermos como é construído o paladar da criança, explorarmos positivamente suas preferências inatas e trabalharmos para que sabores desconhecidos sejam incorporados na alimentação diária, é possível tornar real esse anseio.

No útero e no leite materno se iniciam as preferências alimentares

A capacidade de reconhecer sabores começa ainda no útero com o desenvolvimento primário do olfato e paladar. Presentes no líquido amniótico, diversas moléculas derivadas da dieta da mãe são o início do aprendizado sensorial essenciais no preparo do bebê para as experiências de sabores após o nascimento.

Após o nascimento, durante o aleitamento materno, as oportunidades de reconhecimento de sabores se intensificam, pois também no leite humano há partículas vindas da alimentação da mãe que modificam com suavidade e sutileza o sabor desse rico alimento. Já é conhecido o fato de que se uma mãe come com frequência determinado alimento durante a lactação, no momento da introdução alimentar o bebê consumirá esse alimento sem recusa.

Estas experiências servem como base para o contínuo desenvolvimento das preferências alimentares ao longo da vida que são moldadas pela interação de fatores biológicos, sociais e ambientais.

Exposição repetida: estratégia que auxilia a formar o paladar infantil.

As crianças nascem com preferências ao sabor doce e ao umami* e aversão ao amargo e ao azedo. Estas preferências podem refletir um impulso biológico para os alimentos que contenham maior densidade calórica e com alto teor de proteínas, essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento dos bebês e uma aversão aos alimentos venenosos ou tóxicos, conferindo certa proteção à criança.

Contudo, apesar das preferências inatas, o paladar é modificável e influenciado pelo ambiente em que as crianças estão inseridas.

A exposição repetida a novos alimentos é uma das estratégias que auxilia a formar o paladar infantil. Os estudiosos relatam que apresentar entre 10 e 15 vezes o mesmo alimento em diferentes formas de preparo é fundamental para que a criança se acostume ao novo sabor e defina sua aceitação ou recusa.

Outro fator que ajuda a definir uma melhor aceitação é o ambiente em que o alimento está inserido. Refeições cercadas de tensão e conflitos, com crianças forçadas a comer certos alimentos pode diminuir a preferência por esses alimentos mais tarde. Por outro lado, experimenta-los em ambiente tranquilo e alegre facilita sua aceitação.

Alimentos açucarados devem ser evitados até os 2 anos de idade


Embora a preferência pelo doce seja inata nas crianças, a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos, uma vez que a criança está formando seus hábitos alimentares, que perpetuarão para a vida. O consumo de açúcar poderá fazer com que a criança se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes e deixe de aprender a distinguir outros sabores.

Em suma, o papel da mãe na manutenção de uma alimentação nutritiva durante a gravidez e lactação somada à exploração do consumo de alimentos naturalmente doces como frutas e alguns vegetais e a exposição repetida a novos alimentos, em ambientes saudáveis são a chave para que a criança desenvolva seu paladar plenamente, tenha preferências alimentares saudáveis e mantenha um bom hábito alimentar durante toda vida.

*O umamié responsável pelo gosto denso, profundo e duradouro que produz na língua uma sensação aveludada. É o quinto sabor, que complementa os demais (doce, salgado, amargo e azedo). Muito encontrado no leite materno, em carnes e alguns legumes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável Guia alimentar para crianças menores de dois anos. Um guia para o pro?ssional da saúde na atenção básica. Brasília-DF.

Ventura AK, Worobey J. Early influences on the development of food preferences. Curr Biol. 6;23(9):R401-8. 2013.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUUFORmVsX1dpeEE

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sopa

INGREDIENTES

LEGUMES: cenoura, batata, chuchu, abóbora, beterraba, vagem, mandioquinha, quiabo, cará, berinjela, nabo, abobrinha, mandioca.
CARNES: boi ou frango – 100 gramas.
VERDURAS: agrião, alface, almeirão, acelga, brócolis, couve, escarola, espinafre, folhas de beterraba, folhas de couve-flor, repolho, chicória.
LEGUMINOSAS E CEREAIS: arroz e macarrãozinho. TEMPEROS: sal, cebola, tomate, 1 colherzinha de manteiga ou margarina.


MODO DE PREPARO

Lavar bem os legumes e verduras. Colocar na panela 1 litro de água fria, os temperos, os legumes, os cereais, e a carne picada em pedacinhos.

Cozinhar bem. Amassar com garfo na hora de oferecer a criança. Não usar liquidificador para bater a sopa. Nos primeiros dias, preparar a sopinha somente com água, carne, arroz, batata, cenoura e sal.

Oferecer a sopinha com colher, na quantidade que a criança aceitar bem. Aumentar e variar aos poucos os legumes e as verduras.

GEMA DE OVO **A PARTIR DO 7º MÊS**

Oferecer a gema bem cozida (dez minutos de fervura). Iniciar com uma colher de chá. Aumentar a cada 3 dias, até uma gema inteira. Depois oferecer da maneira que a criança aceitar melhor. Oferecer uma vez ao dia. Todos os dias.

Autor: Dra. Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWLVAyZWZTcXRJcEU

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cantigas de roda, aumentam o potencial da criança?

Pensar em criança, é pensar em movimento. Tudo é motivo para mexer o corpinho. Tudo tem que virar brincadeira para ser divertido. Como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo”. Nada é mais encantador para a criança do que brincar. Através desta linguagem ela se expressa, demonstra seus interesses , necessidades e se mobiliza para aprender e se desenvolver.

Pensar em criança, também nos leva pensar em aprendizagem, pois a capacidade de aprender é muito maior quando somos bem jovens. Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras, que a fase dos 0 a 6 anos são de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. As pesquisas mostram que a genética é importante, mas o ambiente no qual o indivíduo está inserido e suas interações, também contribuem e muito, nas habilidades e nos comportamentos que desenvolverá para seu futuro. Em uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: “Música é a atividade artística mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança: o estímulo que vem com o aprendizado musical é mais completo do que ler e escrever. A música é campeã em ativar redes neuronais no cérebro. Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.

As crianças desde bem pequenas, demonstram um interesse natural pela música. De maneira geral, expressam suas emoções com maior facilidade através das canções do que pelas palavras. Mas para que a criança possa usufruir dos benefícios que a música oferece, é importante que seja oferecido à ela um repertório de canções e brincadeiras específicas à faixa etária, além de um espaço seguro e arejado, material sonoro rico e ao mesmo tempo, próprio para ser manipulado.

Esse processo musical na primeira infância é chamado de musicalização infantil, que são propostas que tem como objetivo principal, contribuir com o desenvolvimento global da criança, onde ela terá a oportunidade de vivenciar a linguagem musical através de brincadeiras, jogos musicais, em um espaço de sensibilização, construindo seu próprio conhecimento, através de práticas e reflexões musicais.

O objetivo principal do trabalho com a música na Educação Infantil, não é formar músicos, mas oferecer ferramentas que colaborem no desenvolvimento da criança de forma integral.

Alguns acreditam que uma boa aula de música na primeira infância,tem que ter basicamente instrumentos musicais. Obviamente, oferecemos objetos e instrumentos sonoros nas aulas, mas essa é uma parte da aula. É importante que a criança tenha a oportunidade de vivenciar a música em suas diversas formas, seja cantando, dançando, dramatizando e se movimentando.

Uma das atividades que sem dúvida mais interessam e mais promovem a aprendizagem nas aulas de música, são as brincadeiras cantadas, que são atividades ligadas ao movimento e representações. Quando utilizamos estas atividades nas aulas, estamos indo ao encontro das necessidades e interesses da criança, que é brincar e se movimentar. Sendo assim, ela terá foco e atenção nas atividades, terá prazer em repetir e assim, estará consolidando sua aprendizagem de forma prazerosa. Explorando seu corpo, através de movimentos, a criança é capaz de vivenciar os elementos musicais como ritmo, andamento, pulso, dentre outras habilidades essenciais para prática musical, contribuindo para o desenvolvimento psicomotor da criança, o que a auxiliará quando for utilizar e tocar um instrumento musical no futuro.

Através de atividades coletivas, a criança vai formando sua identidade, aprende a se relacionar e a cooperar com os demais. Brincadeiras de roda com cantigas do folclore, por exemplo, são atividades que promovem um grande estímulo no cérebro, pois necessitam de diferentes coordenações. É necessário cantar, dançar, sincronizar o movimento para a roda girar no andamento adequado, prestar atenção nos comandos sugeridos durante a canção, além da parceria entre todos os amigos que estão brincando e se socializando. Desta forma, a criança exercita sua criatividade e imaginação, sua desinibição e aprende também a respeitar as regras do jogo e a cooperar, além de apresentar á criança valores culturais do seu meio.

Como afirmavam duas grandes referências da educação musical Emile Jaques Dalcroze (1865-1950) e Carl Orff( 1895-1982), a música deve ser aprendida pela prática e vivência corporal. Em seus métodos, eles sempre afirmaram que é através dos movimentos, interagindo em grupo, através de uma escuta ativa, que as crianças percebem a melodia, o fraseado, o ritmo e a forma da música, formando a chamada consciência rítmica, o que ajudará a criança no futuro a ser um adulto com facilidade para perceber e executar ritmos musicais.

Quando vemos crianças brincando de roda, cantando e se divertindo, podemos ter a certeza também, que estão vivenciando a música de forma integrada, além de ser uma ferramenta poderosa para o professor identificar as facilidades e dificuldades de cada aluno e assim, poder estimular de forma adequada.

A música é poderosa, envolvente e acima de tudo, deixa memórias boas e inesquecíveis. Quem não se lembra de sua infância brincando de roda? As memórias geralmente são tão positivas, que geralmente são as músicas que cantamos para nossos filhos quando são pequenos, para brincar com eles.

Como pais, desejamos que nossos filhos se desenvolvam, mas acima de tudo queremos que cresçam felizes e com boas recordações em relação a sua infância.

A vida é feita de momentos. Por isso devemos estar atentos as vivências que estamos
oferecendo a nossas crianças.

As brincadeiras cantadas são, sem dúvida, uma forma acessível, barata e poderosa para deixar memórias cheias de risos e divertimentos a seu filho, além de contribuir para que ele se desenvolva de forma plena e feliz. Não é toa que essas canções existem a centenas de anos, ultrapassando diversas gerações. É cultura, é aprendizado,é diversão!!!

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWeU9qdGRfREs5c2s

Quibe vegetariano recheado

Ingredientes

200 g de trigo para quibe
1 colher (sopa) de óleo
1 cebola média
1 cenoura ralada
100 g de vagem picada
2 batatas cozidas e amassadas
sal a gosto
orégano a gosto
200 g de queijo minas frescal picado em cubos pequenos

Modo de Preparo

Deixe o trigo de molho na água por 20 minutos. Escorra e esprema bem para tirar o excesso de água. Em uma panela, aqueça o óleo, refogue a cebola, a cenoura e a vagem e tempere com sal e orégano. Deixe a batata esfriar um pouco, e misture com o trigo. Tempere a massa também. Em um refratário untado com margarina, coloque metade da massa, o queijo e o recheio, e cubra com o restante da massa. Leve ao forno, preaquecido, a 220°C por 20 minutos.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQWJ3Ykd0ajJocGs

Panqueca de espinafre com ricota

Ingredientes:

Massa

2 farinha de trigo copos americanos
500 ml de leite ou 2 copos americanos
1 ovo
1 pitada de sal e manteiga para pincelar

Molho

50 g de manteiga
1 cebola pequena ralada
1 dente de alho pequeno, picado
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de leite
sal a gosto
noz moscada ralada, a gosto

Recheio

1/2 colher (sopa) de óleo
500 g de espinafre picados e sem os talos
500 g de ricota fresca
sal a gosto

Modo de Preparo

Massa: Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata por 30 segundos até a mistura ficar homogênea. Aqueça uma frigideira antiaderente, pincele com manteiga e espalhe 3 colheres (sopa) da massa, girando a frigideira rapidamente fora do fogo para que se espalhe por igual.

Leve ao fogo baixo até dourar. Vire e doure do outro lado. Repita a operação até fazer todas as panquecas, pincelando com manteiga quando for necessário, para não grudar. Reserve.

Molho: Em uma panela com a manteiga, refogue a cebola e o alho por 1 minuto sem deixar
queimar, acrescente uma xícara de leite, o sal e a noz-moscada. Dissolva a farinha na xícara de leite que sobrou e adicione lentamente mexendo para não formar grumos. Cozinhe, mexendo, até ferver e engrossar ligeiramente. Reserve.

Recheio: Em uma panela com o óleo, refogue o espinafre por um minuto ou até murchar. Escorra e deixe esfriar. Misture com a ricota e sal. Recheie cada panqueca com a mistura de ricota e cubra com um pouco do molho.

DICA: Leve ao forno por 10 minutos antes de servir

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWTmREa2I5dkJMQ1U

 

Bolinhas de Frutas

Ingredientes

1/4 melancia
1/2 melão
2 carambolas
8 laranjas (suco)

Modo de Preparo

Com um boleador (utensílio para moldar bolinhas de frutas e vegetais), faça bolinhas de melancia e melão. Reserve. Lave a carambola, corte em fatias e retire as sementes. Disponha as frutas em copinhos e regue com o suco de laranja. Leve a geladeira se preferir servir gelado.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWVXlNNnlhSzN5a3M
 
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