sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Porque os carboidratos são importantes na primeira infância?

Nutrição é um assunto corrente no nosso dia a dia, a maioria das pessoas tem uma receita para dividir ou uma dieta para ensinar. Tantas são as informações disponíveis, que fica a dúvida sobre o que seguir e principalmente o que oferecer para nossos filhos para que tenham saúde e um desenvolvimento adequado.

Inúmeras dietas e modismos tem dado destaque ao carboidrato e muitos pais questionam o quanto colocar desse nutriente na alimentação dos filhos. A resposta é sim! Todos nós e especialmente as crianças devem ter um consumo adequado de carboidratos!

Os carboidratos são responsáveis pelo fornecimento de energia para o corpo e para o cérebro, para as atividades do dia a dia e para os exercícios físicos. Aliás, vale lembrar que o cérebro se alimenta exclusivamente de glicose, um tipo de carboidrato, e que uma dieta deficiente em energia pode ser um dos fatores que comprometem o desenvolvimento da criança!

E em quais alimentos encontramos esse nutriente?

Encontramos carboidratos nas massas, pães, biscoitos, cereais como arroz e aveia , tubérculos (como batata e inhame) e raízes (como mandioca e batata doce). Estes exemplos são considerados fontes de carboidratos devido à maior quantidade deste nutriente presente nos alimentos.


A alimentação saudável deve incluir os carboidratos em quantidade adequadas, que devem representar cerca de 45% a 65% do total de calorias do dia, sendo que as versões integrais devem ser prioridade.

Mas afinal o que representa uma porção desses alimentos?

Na pirâmide alimentar, a forma gráfica da alimentação saudável, encontramos os cereais, tubérculos e raízes na base da pirâmide, ou seja, os carboidratos devem representar a base da alimentação da população em geral. Em bebês de 6 a 11 meses, a recomendação é de 3 porções. Já nas crianças de 1 a 3 anos a recomendação é de 5 porções desses alimentos diariamente.

Para ter uma ideia, uma porção de cereais, tubérculos e raízes equivale a 2 colheres de sopa de arroz cozido integral ou 3 colheres de sopa de cereal infantil.

Para o lactente com mais de 6 meses, uma importante fonte de carboidrato e que normalmente é de fácil aceitação é o Cereal Infantil que, quando consumido em quantidades apropriadas, auxilia na adequação do fornecimento de carboidratos essenciais como fonte de energia e não se associa ao desenvolvimento futuro de obesidade.

Quanto mais, melhor?

Muitos pais, de forma equivocada, enchem o prato do filho e se frustram quando a criança deixa de comer tudo o que foi servido.

Vale lembrar que enquanto o adulto tem uma capacidade gástrica de cerca 1 litro, o volume do estômago dos pequenos corresponde a 20-30ml/kg e eles ainda possuem uma necessidade de micronutrientes, em média 3 vezes maior que um adulto. Por isso, não devemos esquecer que pequenas barriguinhas necessitam de uma grande nutrição.

Inclua os alimentos ricos em carboidratos ao longo do dia, atentando-se ao tamanho das porções.

Seu filho terá mais energia para o dia a dia, com o corpo e o cérebro nutridos para o desenvolvimento adequado e melhor aprendizado!


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWM05zVVRBSWZ2N3c

Refluxo Gastroesofágico: entenda o que é e como lidar

Lidar com os vômitos do bebê é basicamente parte da rotina para a maioria dos papais e mamães. Diante disso, é natural que os pais se perguntem se os vômitos são naturais ou podem estar relacionado com alguma doença.

Para começar, é preciso entender o conceito de "refluxo gastroesofágico", que é o retorno do conteúdo do estômago (no caso dos bebês, do leite) para o esôfago e, por vezes,  podendo chegar até a boca, causando a conhecida regurgitação.

Isso é um evento normal, que pode ocorrer várias vezes ao dia em recém-nascidos, crianças e até mesmo adultos. É aquele clássico momento em que o bebê tem leite  escorrendo no canto da boca, mas está sorridente; parece que nem foi com ele!

Em geral, os eventos duram menos de três minutos, ocorrem no período após as mamadas ou refeições e não são acompanhados de complicações. Algumas vezes, a regurgitação pode sair com mais força, devido à estimulação de uma estrutura que fica na parte posterior da boca, que nos dá sensação de náusea, causando, então, o vômito - o que não é nada preocupante.

Nesses casos, não é necessário nenhum tipo de tratamento medicamentoso, porém as chamadas "medidas não farmacológicas" ajudam a diminuir a ocorrência dos episódios de regurgitação:

1- colocar o bebê para arrotar e segurá-lo no colo "em pé" após as mamadas por 30-60 minutos;

2- tomar o cuidado de não "sacudir"o bebê para que ele arrote;

3- evitar o uso de calças na altura do umbigo e acima dele, pois, apesar de não parecer apertado, o elástico das roupas pode ser o suficiente para pressionar o estômago e facilitar, também, a volta do leite.

Para os bebês menores de seis meses e amamentados exclusivamente com fórmula, o uso de Fórmula Infantil Anti Regurgitação ajudam a diminuir os episódios de refluxo de forma visível. Se o bebê é amamentado exclusivamente ao seio, o aleitamento deve ser mantido, não sendo indicada a substituição do leite materno por fórmula.

Quando as regurgitações estão causando algum desconforto, como choro excessivo, ou prejuízo, como perda de peso, podemos estar diante da "doença do refluxo gastroesofágico".

Frente a isso, a consulta com o pediatra é fundamental para fazer o correto diagnóstico, que muitas vezes não é fácil.

Nos bebês, não existem sintomas que sejam específicos da doença do refluxo, tão pouco sintomas que garantam ao médico que o bebê responderá ao tratamento.

Ainda, vale lembrar que diversas situações podem causar os mesmos sintomas da doença do refluxo, como alergia à proteína do leite de vaca, infecções, má formações do aparelho gástrico, exposição ao cigarro e outras.

Durante a investigação, pode ser que o pediatra julgue necessário solicitar algum tipo de exame específico.

O tratamento, no caso de doença, vai utilizar, além das medidas não farmacológicas vistas antes, medicamentos. Nos menores de seis meses, a medicação mais comumente utilizada é a ranitidina.

À medida que o bebê cresce, o esfíncter, que funciona como um "anel" que fecha o estômago, começa a funcionar melhor, dificultando o retorno do leite.

Com o desenvolvimento, o bebê aprende a ficar mais tempo sentado e em pé, posições estas que ajudam o leite e os alimentos a ficarem no estômago. Por isso, os pais devem ficar tranquilos, pois o refluxo gastroesofágico, apesar de, por vezes, desconfortável, tende a ter seus dias contados.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWZ0NkSlpJZ1hfMzQ
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