sexta-feira, 25 de julho de 2014

A quem recorrer... ao meu pediatra ou a uma emergência pediátrica?

Mamãe, pode ser que algum dia você fique nesta dúvida, então é bom lembrar alguns conselhos de um Pediatra.

O que é que você realmente esta vendo no seu filho? É alguma coisa que já começou há alguns dias? Está com febre? Começou agora? A criança está bem? Corada? Conversa com você?

Urina bem e a urina está clara? Reconhece as pessoas e o ambiente? Está consciente? Tem dores localizadas? A voz (ou choro) está normal? Tem tosse rouca? A pele está normal? Tem manchas vermelhas e elevadas na pele? Tem lesões escuras tipo “sangue pisado”? Tem os lábios ou extremidades roxas (cianose)? Tem movimentos involuntários (convulsão)? Os olhos estão normais e olham para você, seguem seus movimentos? Anda em linha reta? Pode haver a possibilidade de ingestão de medicamentos ou bebidas alcoólicas ou outras drogas ou produtos químicos? É um acidente? Tem sangramentos? Algum membro deformado (fratura)? Hematomas? Vomita com frequência? Está com falta de ar (dispneia)? Está engasgado?

Vamos agora conversar sobre estas indagações:

“Você tem um quadro que já dura ha vários dias.” Se a criança está bem, nada de correr para a emergência, entenda que a criança está bem se comeu razoavelmente e urinou bem, se não deixou de fazer a sua rotina do dia a dia, se está corada e apenas persiste com um determinado sintoma não grave, então procure seu Pediatra com calma.

“Está com febre!” Se começou agora, pode dar uma dose de antitérmico e aguardar algumas horas para observar o aparecimento de outros sintomas ou sinais. A febre pode estar presente por 24 a 48 horas sem haver muita preocupação desde que a criança esteja bem, se aparecerem vômitos a preocupação aumenta muito, principalmente se tiver queixas de dor na cabeça, então deverá ser examinada mais rapidamente.

“O sintoma começou agora.” Alguns sinais e sintomas, mesmo começando agora já são alarmantes e necessitam socorro rápido, como a convulsão que pode ser febril ou não, um sangramento que se mostre importante pelo seu volume ou cianose (pele roxa), dificuldade respiratória ou perda da consciência etc... nestes casos procure uma emergência e de lá entre em contato com seu Pediatra.

“Minha criança caiu...” Como ela está? Chora? Se ela consegue conversar com você e reconhecer as pessoas e o ambiente, é um bom sinal. Procure hematomas, pontos dolorosos ou deformidades. Se após algum tempo apresentar vômitos já é sinal de preocupação e se perder a consciência é pior ainda, procure uma emergência rapidamente.

“A pele do meu filho está com manchas” Observe as manchas, são vermelhas? Clareiam a cor se você as pressionar? Se sim, então seu filho deve estar com uma urticária (reação alérgica), se ele estiver bem então ligue para o seu Pediatra. Por outro lado, se você notar dificuldades respiratórias, rouquidão ou edemas (inchaços) de lábios ou olhos ou orelhas procure a emergência rapidamente.

Se o seu filho já tem alguma alergia conhecida, você deve estar preparada para tentar evitar o possível contato e tomar as medidas terapêuticas urgentes se o contato acontecer. Converse com seu Pediatra sobre essas medidas que podem ser de extrema valia.

As manchas são escuras e não clareiam se você as pressionar? Tem vômitos? Dor na cabeça? Febre? (pode ser meningococcemia). Então você deve se preocupar muito e ir para a emergência rapidamente e comunique-se com seu Pediatra.

“Meu filho tem tosse.” Se tem uma tosse com som normal, pode ligar para o seu Pediatra, conversar e marcar consulta no consultório com calma. Entretanto se a tosse é rouca (“tosse de cachorro”) e respira com dificuldade e tem olhar ansioso e às vezes até com cianose (pele roxa) dirija-se a uma emergência rapidamente e de lá entre em contato com seu Pediatra.

“Meu filho está “estranho” parece que não me vê “ Seu filho pode estar apresentando uma convulsão hipotônica vá para emergência. Verifique se é possível que ele possa ter ingerido alguma substância, se achar leve a embalagem.

“Meu filho está se debatendo, não me responde e tem os lábios roxos” Seu filho está apresentando uma convulsão tônico-clônica que pode ser com febre ou não. Nesta circunstância não dê nada pela boca, devido ao risco de engasgo ( aspiração). Vá para a emergência rapidamente.

“Meu filho está com vômitos” O seu filho pode apenas estar manifestando uma indisposição a alguma coisa que comeu ou pode estar iniciando um quadro que pode ser muito trabalhoso, a evolução vai ser decisiva para esclarecer o quadro. Se vomitou uma única vez ligue para o seu Pediatra, possivelmente ele recomendará um antiemético. Porém se persistirem os vômitos o quadro merece mais atenção possivelmente ele recomendará que você vá ao consultório ou se não for possível recomendará uma ida a emergência, se por acaso não conseguir contato com seu Pediatra dirija-se a uma emergência.

“Meu filho está com falta de ar (dispnéia)” Se você já presenciou isso em outras ocasiões, seu filho deve ser portador de asma brônquica então faça o procedimento de costume, que já deve ter sido orientado por seu Pediatra ou alergista ou pneumologista e mantenha seu Pediatra informado sobre a evolução.

Se é a primeira vez, certifique-se de que não é um engasgo e dirija-se rapidamente a uma emergência “Meu filho está engasgado” Não pense em pegar o telefone! Seu filho precisa de ajuda neste momento! Peça ajuda a quem estiver próximo! Observe a boca do seu filho, consegue ver alguma coisa? Se houver algo visível e solto na boca pode tentar tira-lo. Se não enxergar nada não tente “achar” com os dedos, pois provavelmente você irá piorar a situação empurrando ainda mais o possível objeto para dentro. Se persiste o quadro e se o seu filho for um bebê então deite-o sobre os seus joelhos , com a boca para baixo e dê um tapa “pesado” nas costas do bebê com o intuito de fazer com que o bebê ponha o ar para fora e com isso traga o tal objeto, após esta manobra torne a examinar a boca do bebê se vir algo tente tira-lo se não enxergar nada repita a operação... até conseguir a desobstrução da via aérea.

Se seu filho é uma criança grande as manobras são diferentes:

Se seu filho está em pé e emite sons, aguarde alguns instantes, se parar de emitir sons então agarre-o por trás e coloque uma de suas mãos de punho fechado sobre seu abdomem e com a outra mão agarre a mão de punho fechado e faça uma tração para si e para cima. Observe resolveu? Se sim ótimo se não... repita a manobra.

Se seu filho perdeu a consciência e está deitado, coloque-se sobre ele posicione uma de suas mãos na parte superior do abdomem e a outra mão sobre a que já estava posicionada e faça uma grande pressão para baixo e para cima, observe a boca vê alguma coisa? Se possível retire-a se não vê nada repita a manobra.


Autor
: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYWJiWGk0Y01IY0U


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bronquiolite Viral Aguda (BVA)

O que é:

A BVA é uma doença viral que afeta as pequenas vias aéreas de crianças menores de 2 anos, causando obstrução destas vias, e por isso, caracteriza-se pela sibilância (chiado).

Em 50% a 80% dos casos, o agente envolvido é o vírus sincicial respiratório (VRS), porém pode ser causada por outros vírus.

A doença é mundial, segue a sazonalidade do vírus e causa forte impacto socioeconômico, haja vista os altos custos com hospitalizações de crianças menores de 1 ano de idade.

Principais sintomas:

O quadro clínico é variável em relação à gravidade e depende entre outros fatores, da idade e comorbidades do indivíduo (prematuridade, cardiopatia, pneumopatia, imunodeficiência). Os vírus responsáveis por causar a BVA podem também infectar adultos, causando apenas sintomas gripais leves. Porém nos extremos de idade (crianças pequenas e idosos) o quadro pulmonar pode ser muito grave. Por outro lado, nem todos os bebês vão desenvolver um quadro de doença do trato respiratório inferior, geralmente o primeiro episódio de BVA é mais grave.

As manifestações ocorrem tipicamente após o contato com indivíduos infectados, com sintomas gripais, e a transmissão ocorre, em geral, através de mãos e objetos contaminados com as secreções respiratórias.

Os primeiros sintomas são de um resfriado comum, com espirros, tosse, coriza clara, podendo ter febre ou não.

Após 2-3 dias, os sintomas de obstrução das vias respiratórias surgem, com falta de ar e sibilância ( chiado), e a partir daí a piora pode ser progressiva, com necessidade inclusive de internação hospitalar, ao se constatar sinais de gravidade, como cianose, desidratação, palidez excessiva, irritabilidade, inapetência e desconforto respiratório importante.

Tratamento:

Os quadros leves devem ser tratados em casa, com repouso, hidratação adequada e nebulização apenas com soro fisiológico.

Já os quadros moderados e graves devem ser hospitalizados, sendo que alguns necessitam de UTI. O suporte hospitalar também inclui o repouso, hidratação adequada, cuidados com alimentação via sonda quando necessário, e oxigênio umidificado.

Prevenção:

Como outras doenças virais de alta transmissibilidade, a melhor prevenção é evitar o contato das crianças pequenas, principalmente aquelas com os fatores de risco já citados. Com outros indivíduos que apresentem sintomas gripais, principalmente na época da sazonalidade viral.

Em São Paulo, por exemplo, há um predomínio de crianças hospitalizadas nos meses de março à agosto. Na medida do possível, deve-se evitar também o contato de crianças em ambientes fechados, aglomerados de pessoas e áreas com alto índice de poluentes ambientais, principalmente o tabagismo, pois é um irritante das vias aéreas e um fator agravante do quadro respiratório.

A lavagem das mãos é primordial.

Não há vacina (LINK) específica contra a BVA e a criança ou lactente jovem pode apresentar outros quadros de BVA (geralmente mais leves) ou então um quadro de sibilância recorrente ou até complicações mais sérias.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUzRhX2o1eFdlbG8


Como criar uma criança sem deixá-la mimada?

Quem nunca foi ao shopping ou supermercado e presenciou a cena de uma criança se jogando no chão, berrando porque queria algo que os pais estavam se negando a dar? E para piorar, no final da história a criança vence e acaba conseguindo o que quer, típica cena de uma criança mimada.

 
Mas como tudo tem um começo, quando é que a criança começa a ficar mimada?
A palavra “não” para a criança soa como uma perda, uma derrota, fazendo que ela se sinta frustrada e a criança que não foi educada para aceitar uma perda ou uma frustração sua tendência é reagir com gritos para conseguir o que quer.

Se perguntarmos para os pais se eles gostariam de ter filhos com esse tipo de comportamento é óbvio que eles irão responder que não, mas, algumas atitudes que os pais tomam e que nem percebem estimulam a criança a se tornar uma típica criança mimada.

Desde bebê os pais já devem colocar limites para que a criança perceba até onde ela pode chegar. Nos primeiros meses que o bebê está em casa ele tem necessidades básicas de sobrevivência que os pais precisam oferecer. Se ele chorar é necessário dar leite, trocar, ninar entre outras coisas, mas, chega uma fase que a criança já começa entender e interagir e é neste momento que os pais devem começar a colocar as regras, mostrar os limites.

O bebê ainda não fala, mas, ele demonstra sua “raiva” através de gestos, como puxar o cabelo da mamãe, dar tapa no rosto do papai ou bater no animal de estimação. Alguns pais acham que a criança não faz por mal, e que ele não entende o que está fazendo, então, por isso, deixa pra lá e não corrige. É neste momento que os pais devem olhar nos olhos da criança, fazê-la prestar atenção e dizer que isso não se faz, que essa atitude é errada.

Não será na primeira vez que ela aprenderá, mas, todas as vezes que isso acontecer, os pais devem agir da mesma forma, até que irá chegar um momento que ela saberá que não deverá tomar mais aquela atitude, que existe um limite pra ela e se não obedecer terá consequências, como tudo na vida.

Conforme a criança vai crescendo as atitudes erradas das crianças vão se modificando e os pais devem estar prontos para corrigir e nunca deixar para depois ou simplesmente não corrigir, por menor que tenha sido o erro. Se caso seu filho de 1 ou 2 anos arrancar uma folha de uma planta por exemplo a primeira atitude que deve ser tomada é a reparação, dizer que isso não se faz e pedir para regar a planta que foi mal tratada.

Na fase de 3 anos ou mais a criança tem problemas em dividir seus brinquedos, e aprender a fazer isso será um grande desafio para ela.

O importante é sempre os pais estarem prontos a ajudar seu filho nesta fase, mantendo um tom de voz calmo, mas, firme. Não se surpreenda se ele tiver ataques de nervosismo, agressões físicas como mordidas e chutes, neste momento será necessário exigir um pedido de desculpas por esse comportamento e esperar que ele faça, mesmo que demore um pouco, o importante é não desistir.

Os pais devem, como sempre, incentivar e valorizar a ajuda da criança, mesmo que ela seja pequena e não faça as coisas com perfeição. Ela pode organizar os brinquedos do quarto, estender o lençol da cama, colocar a roupa suja no cesto, levar o prato para a pia ou colocar o lixo para fora. Essas atitudes podem fazer parte da rotina sem que se tornem um esforço para os filhos.

Não é uma tarefa fácil educar uma criança, mas atitudes simples, praticadas diariamente, fazem a criança entender, aos poucos, que ela não pode tudo e que na vida existem regras, tanto para adultos como para as crianças.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYV91djdJVENaMmc



O que você precisa saber sobre a papinha do seu bebê?

A introdução de alimentos complementares ao aleitamento materno é uma das fases do bebê que mais geram insegurança aos pais. Dúvidas como quando iniciar as papinhas, o que oferecer, como prepará-las e quanto o bebê deve comer são alguns exemplos dos questionamentos mais comuns.

Quando introduzir a papinha?

Os alimentos complementares devem ser introduzidos com a prescrição do pediatra, podendo variar de criança para criança.

Quando a criança recebeu aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade, as papinhas começam a ser introduzidas nesta idade, fase em que as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno. Embora este ainda continue sendo uma importante fonte de calorias e nutrientes, devendo ser mantido até 2 anos ou mais. A partir desta idade, o bebê apresenta maior maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos, como por exemplo, a diminuição progressiva do reflexo de protrusão da língua, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos, a produção de enzimas digestivas em quantidade suficiente para esta fase e o desenvolvimento da habilidade de se sentar, permitindo o uso de colher com mais facilidade.

A importância da adequada consistência dos alimentos

A consistência adequada dos alimentos é um importante fator que ajuda a garantir a oferta de energia para criança. Nessa idade, o estômago do bebê tem o tamanho reduzido e a administração de alimentos muito diluídos irá saciar a criança, sem, contudo, oferecer necessariamente quantidade adequada de calorias e nutrientes.

Aos 6 meses os alimentos devem ser amassados com o garfo, sem o uso de liquidificador ou peneiras para que sejam aproveitadas as fibras dos alimentos. Nessa idade os dentes estão próximos das gengivas que, por estarem mais endurecidas, auxiliam a triturar os alimentos.

A consistência da papinha deve aumentar progressivamente, de forma que pero dos 9 meses a criança inicie o consumo de alimentos em pequenos pedaços e aos 12 meses já consuma na mesma consistência com que são consumidos pela família.

É importante lembrar que a educação alimentar se inicia desde os primeiros dias. Outro ponto importante, é a oferta de alimentos separadamente e não misturados, pois é uma forma da criança reconhecer o que está sendo consumido e desenvolver aos poucos o paladar e as preferências alimentares.

O uso de sal é recomendado?

O sal é usado para realçar o sabor de forma corriqueira no preparo da refeição da família, mas que deve ser utilizado moderadamente na alimentação do bebê. Isso porque o excesso de sódio, um dos componentes do sal, pode causar hipertensão na criança, o conteúdo de sódio naturalmente presente nos alimentos já é suficiente.

Não podemos nos esquecer da importância de oferecer água potável para crianças a partir da introdução da alimentação complementar. Essa conduta ajuda a preservar a saúde dos rins, sem que haja sobrecarga destes órgãos.

Como compor uma papinha saudável?

Uma refeição completa para o bebê deve conter ao menos um alimento de cada um dos
seguintes grupos:

- Cereais e tubérculos como: arroz, trigo cevadinha, quinua, aveia, batata, cará, inhame etc;
- Leguminosas como: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico e soja;
- Carnes de boi, porco, aves, peixes e vísceras ou ovo;
- Hortaliças (verduras e legumes em geral).
 
Para garantir quantidade adequada de proteínas, ferro e zinco, as carnes não devem ser retiradas após o cozimento e sim amassadas, desfiadas ou cortadas em pequenos pedaços.

Vale lembrar que a recusa alimentar ao desconhecido é comum nessa faixa etária e que a exposição do alimento entre 8 a 10 vezes é necessária para a adaptação ao paladar e a definição de suas preferências alimentares.

As papinhas prontas para consumo são uma boa opção para momentos em que há tempo escasso para o preparo ou para refeições feitas fora de casa, quando não é possível manter a papinha adequadamente refrigerada até o momento do consumo. O fechamento a vácuo conserva as características do alimento preparado e a segurança alimentar, sem a necessidade do uso de conservantes.

Quanto à quantidade, a recomendação é no início oferecer pequeno volume da refeição, cerca de 1 a 2 colheres de chá, e aumentar gradativamente a oferta conforme a aceitação da criança. Os pais não devem forçar o consumo uma vez que a criança tem boa capacidade de autorregular a quantidade.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWZFpvaHVnV1FLQ1k
 
  
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...