segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Desfralde, quando é a hora?

E agora? Já é o momento? Como fazer? Pinico ou adaptador de vaso sanitário? Essas e outras mil perguntas surgem na cabeça das mamães no momento do desfralde; mas calma, estamos aqui para ajudá-la a passar por esse momento com mais tranquilidade e segurança.

Para retirar a fralda da criança é um processo que exige muita paciência dos pais, pois, umas levam poucas semanas, outras, demoram meses para conseguir. Algumas pessoas nem imaginam que um simples uso do vaso sanitário possa ser um avanço tão significativo para a criança.

Um dos primeiros sinais de que seu bebê está crescendo e criando autonomia é a tal “hora de largar a fralda”. Trata-se de um marco em seu desenvolvimento que dá ao bebê o início de alguma ação que ele faça sozinho, para a alegria ou desespero (depende do ponto de vista) das mamães.

Juntamos algumas das principais perguntas que surgem nesta fase tão importante do seu bebê.

1- Quando devemos começar?


A partir dos 18 meses a criança começa a ter o controle sobre um músculo chamado esfíncter na qual lhe dará o controle sobre o xixi e o cocô, esse é o momento de começar a pensar no desfralde. O desfralde acontece entre os 18 e 24 meses devido o desenvolvimento psicomotor de cada criança. As meninas, em geral, largam as fraldas antes que os meninos.

2- Meu bebê está preparado?

Você vai perceber que a criança está preparada quando ela mostrar alguns sinais, como, gesticular ou falar, que está incomodada com alguma coisa e as vezes até falar que fez xixi ou cocô. Mostrar interesse ou curiosidade quando os pais estiverem no banheiro também pode significar certo preparo. Além disso, acordar frequentemente com a fralda seca é outro sinal de que ela está pronta.

3- Como fazer de maneira correta?

É muito importante respeitar o tempo da criança e ter muita paciência. Quando começar a desfraldar a criança, é necessário que ele aconteça sem interrupções. Tirar a fralda durante o dia só em casa, mas, quando for passear colocar a fralda novamente, pode confundir a criança, que ainda não tem noção dessas diferenças e com isso demorar mais que o esperado.

Uma ótima dica é anotar os horários que a criança faz xixi e cocô para levá-la ao banheiro sempre no mesmo horário. Iniciar o desfralde durante o verão pode ser melhor, pois, se caso acontecer um escape, no calor as calças molhadas se tornam menos incômodas. No geral, recomenda-se tirar primeiro as fraldas durante o dia, para depois, por volta dos 3 anos, dar início ao processo do desfralde noturno.

4- Como agir quando a criança faz nas calças?

Calma, não fique nervosa e nem dê bronca! A criança ainda está aprendendo e escapar de vez em quando pode acontecer. Neste momento chame a criança e peça que ela ajude a limpar a calcinha ou a cueca jogando o cocô na privada e se for xixi peça que ela tire a calcinha e se seque com papel higiênico. Aos poucos o número de vezes de escape vai diminuir até chegar no resultado esperado.

5- A escola pode ajudar no processo do desfralde?


Geralmente, há muita exigência por parte dos pais em casa, o que acaba não acontecendo na escola. A escola sempre será um aliado dá família e com o processo do desfralde pode ajudar bastante. Como lá todas as crianças estão passando pelo mesmo momento, ir ao banheiro se torna mais divertido e é visto com mais naturalidade, longe muitas vezes da ansiedade da mãe.

6- Como detectar se a criança tem algum problema no controle do xixi e cocô?


Se caso a criança já tiver 3 ou 4 anos, e estiver se desenvolvendo em várias outras áreas, adquirindo habilidades e mesmo assim não responde aos estímulos do processo de desfralde é importante procurar ajuda médica. Alguns problemas podem começar devido à ansiedade dos próprios pais. Perguntas como “Vamos fazer cocô?”, “Você quer fazer cocô?”, “Acho que a gente tem que ir fazer cocô…” essas falas em excesso podem acabar despertando na criança algum tipo de ansiedade causando angústia, que provavelmente causará um bloqueio.

No entanto ficar todo momento falando mal do cocô da criança, alegando o mau cheiro, mesmo que ironicamente, pode levar aos mesmos resultados. As crianças não entendem ainda essas brincadeiras. Com base nisso, ela só quer fazer cocô escondido, na fralda, e fica segurando até não aguentar mais, o que pode ressecar as fezes e causar a constipação, entre outras coisas.

Porém, é sempre bom lembrar que, no processo do desfralde, cada criança reage de um jeito, cada um tem seu tempo e a ansiedade por parte dos pais só pode atrapalhar nessa fase, mas, em caso de dúvida procure o pediatra.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUGN1X2xrcGYxOWs



Importância das frutas na infância

A alimentação infantil deve ser bem variada, desde o inicio da alimentação complementar, tanto em nutrientes quanto nos tipos dos alimentos, para que a criança conheça os vários sabores. Os hábitos, preferências e aversões a determinados alimentos são estabelecidos ainda na infância e levados até a fase adulta e sabendo que existe uma preferência inata pelo sabor doce as frutas tem seu consumo facilitado.

Atualmente com a preocupação de prevenção na infância das doenças crônicas, como a obesidade, o diabetes e as alterações do colesterol levando a dislipidemia e doenças cardiovasculares, as frutas tem um papel de destaque por atuarem como antioxidantes, ou seja, são protetoras das alterações lipídicas, previne o aumento do colesterol chamado LDL-c. As frutas são ricas em vitaminas, minerais, carboidratos e fibras devendo ser consumidas de três a cinco vezes ao dia para garantir uma alimentação saudável. Algumas frutas são ricas em ricas em gorduras poli-insaturadas, como as castanhas do baru e da macaúba; outras em vitamina A como o pequi, mamão, pitanga, acerola, maracujá; outras em vitamina C como o açaí, acerola, caju, araçá, goiaba; outras em ferro como o araçá, pinhão, baru, jenipapo; outras em cálcio como o açaí, macaúba, mangaba, jaca.

As pesquisas têm mostrado que o consumo de frutas, principalmente após os dois anos de idade tem diminuído muito, sendo substituída por alimentos pouco saudáveis, como os sucos artificiais e refrigerantes. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada em 2009, com 60.973 estudantes entre 13 e 15 anos de escolas públicas e privadas das capitais brasileiras, revelou que o consumo quase diário ( 5 vezes na semana) de guloseimas (50,9%) foi superior ao consumo de frutas frescas (31,5%) em todas as cidades avaliadas. A PeNSE apontou, ainda, que as médias de consumo de frutas nas regiões Norte (25,3%) e Nordeste (26%) foram inferiores às das demais regiões, Centro-oeste (32,6%), Sudeste (35,3%) e Sul (31,9%).

Outro estudo investigando 234 escolares na faixa etária de 10-19 anos em escolas de ensino técnico de São Paulo, capital, encontrou mediana de consumo de porções diárias de frutas de 0,97, mostrando que 89% dos escolares ingeriam frutas abaixo do consumo estabelecido pelo Guia da Pirâmide Alimentar Brasileira (3 a 5 porções de frutas por dia).

As sociedades de pediatria (brasileira, americana e europeia) têm abolido o suco e reforçado o consumo da fruta, devido ao consumo dos sucos artificiais e mesmo os naturais são consumidos e grande quantidade. Sabe-se que a fruta contém açúcar e quando se faz o suco usa-se mais de uma fruta assim o consumo de açúcar aumenta, predispondo a criança à obesidade e ao diabetes, além de perder parte das fibras.

As frutas in natura devem ser oferecidas desde os seis meses de idade quando se inicia a
alimentação complementar, inicialmente sob a forma de papas, amassadas sempre em
colheradas e depois em pedaços ou inteira. O tipo de fruta a ser oferecido deverá respeitar as características regionais, custo, estação do ano e a presença de fibras, lembrando que nenhuma fruta é contraindicada, a não ser que a criança ou adolescente apresenta alguma doença que dificulte a eliminação dos produtos da fruta.

É importante higienizar adequadamente todos os alimentos antes do consumo. Para reduzir as contaminações por micro-organismos, deve-se usar uma solução de hipoclorito de sódio 2,5% (20 gotas de hipoclorito para 1 litro de água deixar as frutas, por 15 minutos). E para reduzir o risco de contaminação pelos agrotóxicos, deve-se preconizar a utilização de bicarbonato de sódio a 1% (1 colher de sopa para 1 litro de água, por 20 minutos).

Na tabela abaixo algumas frutas divididas por região, com suas principais características
nutricionais, em 100g do produto.







Cada fruta tem suas características nutricionais e sabor próprio. O consumo pode ser in natura isolada, em espetinho ou forma de salada. É importante variar os sabores e observar os nutrientes de cada fruta e assim suprir todas as necessidades das crianças e adolescentes.
 

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUTRtQXlKYjl1MVE


segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Os primeiros 1000 dias de vida duram para sempre

Muitas mães estão começando a entender melhor a nutrição e sua importância na saúde da sua família. Isso vem acompanhado de muitas dúvidas e algumas vezes de alguns mal entendidos. Nem tudo que é recomendado para adultos pode ser trazido para a realidade da criança. A criança passa por diversas fases no seu desenvolvimento e cada uma tem uma necessidade especial. Um erro muito frequente é tentar aumentar o consumo de proteína para os bebês. Os bebês que mamam têm sua oferta controlada pelo organismo materno e as mães não precisam se preocupar com isso, a natureza vai alterando a quantidade de proteína do leite para cada fase da vida.

O colostro tem uma composição diferente do leite e o leite do prematuro é diferente do leite do bebê que nasce no tempo correto.

Já os bebês que tomam fórmula ou já iniciaram a alimentação complementar devem ter uma atenção redobrada de suas famílias para a quantidade e a qualidade da proteína oferecida na dieta. Proteínas em excesso podem levar ao aumento rápido de peso e que pode estar associada a obesidade futura. A falta de algum aminoácido ou até uma quantidade total de proteína abaixo do necessário vão induzir erros no metabolismo e desnutrição.

Parece difícil? Dieta balanceada é mais simples que os modismos que aparecem a todo o momento. A dieta tem que ser variada e sem excessos em todas as idades. A ansiedade das famílias em querer que a criança cresça e inicie a alimentação complementar também pode prejudicar a nutrição.

Uma nutrição balanceada nos primeiros mil dias de vida, período que vai do inicio da gestação até o final do segundo ano, pode modificar até a genética do bebê. Pode proteger durante toda uma vida e cria hábitos saudáveis. Parece ficção científica? Mas é realidade!

Ofereça os nutrientes certos, na quantidade certa e os genes vão se comportar diferente. Eles vão continuar os mesmos, isso ainda não dá para mudar, mas o seu comportamento é alterado de forma permanente quando são expostos aos nutrientes corretos!

Não se culpe se não teve estas informações no período certo. A nutrição tem avançado muito a cada dia, todo dia surgem novidades. O importante é ter em mente que uma dieta balanceada sempre vai estar certa, em qualquer idade. Tente melhorar o hábito de toda a família hoje, não deixe para amanhã. Procure ajuda do pediatra e do nutricionista.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWb08zMFpobFRvaWM
 

A arte de contar histórias para crianças com dicas práticas

Contar histórias é sem dúvida uma das formas de comunicação mais antigas que existem. Apesar do avanço das tecnologias, contar histórias continua sendo uma das formas mais eficientes de promover à aprendizagem, a reflexão, a descoberta e também de conectar as pessoas.

Especialistas garantem que essa arte pode se iniciar durante a gestação, pois além de acalmar a gestante, o feto já é capaz de ouvir e perceber pela audição (que já está apta a partir do quinto mês de vida intra uterina) a entonação da mãe, a cadência das palavras e o ritmo que ela fala.

Através dos sons das palavras, circuitos neurais são construídos. Hoje sabemos que a aprendizagem começa antes mesmo de nascermos.

Cada faixa etária necessita de estratégias para captar a atenção e motivar a criança em participar da história. Seguem algumas dicas:

A história exige concentração, portanto procure um lugar acolhedor e silencioso para que a criança possa estar voltada ao que você for apresentar. Desligue o celular e dedique este tempo exclusivo para seu filho. Observe também os melhores horários para contar história para seu filho. Depois do jantar, no final da tarde, na hora de dormir...teste e observe quais os momentos melhores para a contação de histórias.

Com bebês até 8 meses, utilize livros resistentes, livros de banho e procure criar um texto de acordo com as figuras que aparecem no livro. Ex: Olhe o gatinho. Ele está na caixa. Vamos fazer carinho no gatinho? O gatinho faz: MIAU. Cante canções dos personagens que aparecem também. Ex: Borboletinha está na cozinha (canção folclórica) quando aparecer uma borboletinha

A partir dos 8 meses, a criança provavelmente já senta sem apoio, já está refinando sua coordenação e ,suas emoções também estão mais evidentes. Livros com texturas são muito interessantes nesta idade, porém os textos devem ser bem curtinhos, com objetos e fatos que pertençam ao cotidiano da criança. Animais estão entre os temas prediletos. Retrate o ambiente sonoro da cena. Você pode imitar os sons dos personagens, cantar uma música que represente a cena, representar cada personagem através de um instrumento musical, enfim, use sua criatividade! De forma gradual, através destas atividades, serão estabelecidas as conexões cerebrais que relacionam as palavras com o objeto, desenvolvendo a imaginação, memória, além de introduzi-lo no convívio social. A criança nesta fase, ainda não entende a muito bem a estrutura de seqüência. Procure dar ênfase na leitura das imagens, porém contando a história de forma sucinta com começo, meio e fim.

A partir dos 2 anos, as histórias continuam curtas, porém podemos dar mais ênfase a sequencia dos fatos, pois nesta faixa etária, as crianças começam a demonstrar mais concentração. Utilize figuras grandes com textos pequenos e traga histórias que trabalhem situações que a criança possa estar vivenciando (o desfralde, por exemplo). Converse com ele durante a história e pergunte o que ele acha que vai acontecer. Faça algumas pausas.

Capriche na expressão facial. Criança adora surpresa e suspense.

A partir dos 3 anos e até um pouco antes disso, a criança já apresenta o interesse pelas brincadeiras de faz-de–conta e demonstra a capacidade de representar coisas ou situações não presentes. A criança naturalmente começa a imitar ações rotineiras, depois ações de pessoas próximas, e através destas brincadeiras, os pequenos expõem seus sentimentos, frustrações e vontades. É interessante notar como a evolução das histórias, da brincadeira e da linguagem caminham juntas. Uma auxilia no desenvolvimento da outra.

As famílias podem trazer bonecos, objetos, elementos diversos para dramatizar histórias como a “Linda Rosa Juvenil”, por exemplo. Depois, a criança pode dramatizar com os fantoches para os adultos. Dramatizando, a criança se expressa com a linguagem verbal, gestual e facial, tornando a atividade mais complexa e desafiadora, além de iniciar a aprendizagem de normas sociais, pois é necessário esperar sua vez para interagir conforme a história vai acontecendo. Enfim, existem muitas possibilidades para estimular o desenvolvimento de seu filho de uma forma divertida. É necessário, porém, disposição, muita pesquisa, paciência e organização para o preparo das atividades.

A partir desta fase, é importante também que o adulto compartilhe com a criança, fatos que vivenciou compartilhar experiências e deixar que a criança também conte suas próprias histórias. Ouvir ativamente, respeitando o tempo do outro, cria laços afetivos profundos. Nossa história também é uma narrativa e é muito importante este dialogo entre pais e filhos. Relate suas experiências com o objetivo de estabelecer vínculos pessoais. Conte-a com afeto e coloque seu coração nela. Conte uma história em vez de apenas descrever fatos. Dessa forma, você poderá transmitir seu ponto de vista de uma forma muito mais impactante para a criança.

Conforme a criança for crescendo procure incentivá-la a contar e ler histórias pra você e diversifique os temas dos livros, deixe que ela escolha também (de acordo com sua orientação) para que ela possa ampliar seu vocabulário e no futuro tenha maior compreensão para o entendimento nas diversas áreas de conhecimento. Ensine-a também a cuidar do livro e tratá-lo com respeito.

Outros recursos importantes:

Quanto menor é a criança, mais importantes são os recursos visuais, sejam fantoches, dedoches, bichinhos de pelúcia, etc. A criança bem pequena, ainda está construindo seu repertório de imagens. Por serem concretos, estes objetos promovem uma maior interação da criança com a história proposta.

Caixas surpresas com os objetos que aparecem na história são muito interessantes e criam momentos de suspense e mais emoção à história, contribuindo também para que a criança memorize a sequência dos fatos da narrativa.

Conte histórias que você goste que te faça se sentir confortável e entusiasmado. Escolha narrativas na qual você se identifique de alguma forma.

Não se esqueça da expressão gestual. Já dizia o famoso historiador e antropólogo Luis da Câmara Cascudo: “Com as mãos amarradas não há criatura vivente para contar uma história”. Seja expressivo tanto nos gestos, quanto na sua expressão vocal ao contar histórias para as crianças. Tente imaginar a situação, como é a vida e o sentimento deste personagem e dramatize, para que a criança se envolva, possa entender e a narrativa faça ainda mais sentido. Os benefícios para a criança que tem o privilégio de ter pais contadores de histórias são muitos. Momentos de afetividade, desenvolvimento na inteligência emocional e cognitiva da criança, ampliação de vocabulário e imaginação, etc. Histórias ficam na memória e quando mexem com nossa emoção (seja positiva ou negativa), jamais são esquecidas.

Que tal transformar a partir de hoje o momento da história, em uma rotina na sua família? Assim, seu filho associará o prazer da sua companhia ao prazer de ler e ouvir histórias e certamente aumentará seu interesse pelos livros e pela leitura também, o que é maravilhoso, pois quanto mais lemos, mais recebemos conhecimento. Certamente, fortes laços familiares serão criados e fortalecidos em meio a um ambiente de afeto, deixando memórias positivas e preciosas entre vocês. O universo é feito de histórias. Conte uma boa história!!!

 Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWSGNldE9MZDAxdTQ



Mil dias de oportunidades


Antes mesmo de pensar em uma boa educação ou em dar estímulos adequados para cada fase da criança, os pais devem estar atentos ao período que começa na concepção, passa por toda a gestação (270 dias), avança pelo primeiro ano da criança e termina após 2 anos de vida completos (730 dias), os primeiros mil dias de oportunidades. Certamente um olhar cuidadoso durante esse período é o primeiro e mais importante presente que os pais podem dar para o futuro dos seus filhos.

Nesta fase, a criança está em acelerado desenvolvimento físico, no qual os ossos estão se alongando, os músculos se fortalecendo e o cérebro ganhando volume. O peso triplica do nascimento até 1 ano de idade e as crianças crescem cerca de 2 centímetros por mês durante este período.

Nos primeiros mil dias, o desenvolvimento cognitivo também ganha destaque. O cérebro triplica de tamanho no término do segundo ano de vida e cerca de 80% da capacidade cognitiva do adulto já está desenvolvida.

Os bebês nascem com um sistema imunitário incapaz de protegê-los e, com a ajuda do leite materno, o intestino é povoado por bactérias benéficas ao longo dos 2 primeiros anos até a formação de uma microbiota intestinal equilibrada, capaz de inibir a entrada de vírus e bactérias nocivas para o corpo.

A programação metabólica

A alimentação da mãe durante a gravidez e da criança do nascimento até o final do segundo ano de vida exerce influência direta na saúde do bebê até a vida adulta. Conhecida como programação metabólica, a exposição a uma alimentação inadequada nos primeiros mil dias aumenta o risco de desenvolver alergias e ganhar peso excessivamente, e, como consequência, aumenta as chances de desenvolver doenças relacionadas com a obesidade como diabetes, hipertensão e aterosclerose.

Um exemplo da influência da nutrição no início da vida e seu impacto para a idade adulta é o papel protetor da amamentação na prevenção do ganho de peso excessivo. Bebês amamentados e não expostos ao consumo exagerado de proteínas no primeiro ano de vida tem 25% menos chance de serem obesos mais tarde. O leite materno é um alimento perfeitamente equilibrado para o bebê, com conteúdo protéico ideal para sua necessidade.

As premissas de uma nutrição adequada nos primeiros mil dias incluem:

Dieta materna equilibrada na gravidez;
Aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida;
Introdução alimentar repleta de frutas, verduras e legumes e quantidade adequada de proteínas, carboidratos e gorduras, acompanhada de aleitamento materno até os 2 anos de vida ou mais.

Cuidados simples e de fácil execução que, feitos com atenção e carinho, podem influenciar a saúde das crianças para o resto da vida.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes


https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYVhmWVZyMDJfSTQ

Micronutrientes e suas funções





quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Dependência excessiva pela mãe, o que fazer ?

Com a evolução da mulher no mercado de trabalho, hoje em dia temos mais de 50% das mulheres com bebês ou em fase escolar que estão trabalhando. São inúmeras as causas, mas, a maioria delas por necessidade financeira.

Para não deixar os filhos muito pequenos na escola, alguns pais preferem contratar uma babá ou deixar aos cuidados dos avós, porém, qualquer decisão, ainda sim é difícil para a mamãe, principalmente quando ela vira as costas e a criança começa a abrir o maior berreiro.

No início desta “separação” é normal a criança chorar e sentir a falta da mãe, pois, ele a vê como uma figura de proteção, nutrição e acolhimento, porém, se a adaptação estiver mais difícil do que o esperado uma das causas pode ter sido o excesso de zelo da mamãe com o pequeno. É importante ressaltar que o excesso de zelo não quer dizer que a mãe não deva dar carinho e amor ao seu filho e sim lhe dar tudo isso juntamente com responsabilidades.

Na fase de 2 aos 6 anos a criança tende a se arriscar com a finalidade de descobrir coisas novas, mas, muitas vezes a mãe percebe que o filho está se distanciando e mostrando independência demais, então ela o chama e diz: “deixa que eu faço” ou então, “você não vai conseguir fazer sozinho”, ou, “você é pequeno demais”. Essa atitude impede a iniciativa da criança, causando medo em se arriscar e achar que tudo dará certo só se estiver com a mamãe por perto.

Essa criança quando maior, muitas vezes é vista como uma criança tímida e a mãe não percebe a relação de dependência que ela mesma criou, achando que apenas estava zelando pelo seu filho. Este é o momento de perguntar a si mesma se esse excesso de amor não está prejudicando o amadurecimento e a independência da criança.

A dependência pela mãe aparentemente não é vista como um desconforto pelo filho, mas, terá consequências futuras na sua vida social ou/e afetiva.

O que fazer?

- Os primeiros passos do “desgrude” devem ser dados pelos adultos. O carinho dos pais ajuda os filhos terem maior confiança e sociabilidade, mas, esse carinho tem que vir junto com limites. Crianças que não se sentem cobradas consideram-se menos queridas e tendem ser extremamente inseguras.

- Desde cedo peça ajuda a outras pessoas nos cuidados com seu filho e vá dar uma volta no quarteirão ou por que não aproveitar para cuidar um pouquinho de você e fazer as unhas por exemplo. Isso ajudará seu filho perceber que você sai, porém, volta depois de um tempo.

- Converse com seu filho, mesmo que ainda seja um bebê e explique que é necessário que você saia pra trabalhar, pra fazer as coisas na rua, mas que sempre voltará pra ficar com ele e cuidar dele.

- Nunca peça para alguém (professores, vovós, babás) distrair seu filho para sair escondido com a finalidade dele não chorar, isso lhe trará insegurança e não irá mais confiar em você, sempre se despeça.

- Não passe insegurança para seu filho, chorando ou abraçando demasiadamente no momento em que ele será cuidado por outra pessoa. Diga sempre que o ama que ele ficará bem e que mais tarde irá buscá-lo.

- Sempre mostre o quanto seu filho é querido, criando vínculo emocional, mas também dando certa liberdade, como, deixá-lo comer sozinho, mesmo que isso implique em ter que limpar toda a cozinha depois. Essa liberdade lhe dará segurança.

- Não coloque seu filho no seu quarto para dormir a noite. Para estimular a independência é necessário que os filhos tenham seu próprio espaço, ou seja, sua cama, seus objetos, seus brinquedos e que adquiram suas responsabilidades e autonomias de acordo com a idade, como, escovarem os dentes, se vestirem e tomarem banho sozinho.

- Dê pequenas tarefas ao seu filho, peça a ele que a ajude a arrumar a mesa, regar as plantas, jogar o lixo e guardar os brinquedos, isso lhe trará responsabilidades, ajudando no seu desenvolvimento. Uma criança ociosa tende a querer a atenção dos pais mais do que o necessário.

- Deixe a criança resolver seus conflitos sozinha, se caso ele pedir ajuda, ai sim, você poderá intervir.

- Se você perceber que seu filho está com medo de realizar alguma tarefa, sempre o encoraje a enfrentar aquela situação, dizendo que ele é capaz e que irá conseguir e que estará ali se caso ele precisar.

- Nunca dê as respostas prontas ou faça as tarefas escolares do seu filho, acredite, ele é capaz. Tudo em excesso não é saudável, a falta de zelo e o excesso dele são prejudiciais. Lembre-se, você estimular a independência não estará abandonando seu filho e sim fazendo dele um adulto responsável, seguro e capaz de resolver seus próprios problemas com maturidade e clareza.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWR2ZoT3VCdkhXSTA


Saiba mais sobre a crise dos 2 anos - Terribles two

Ai essa mania de usar terminologias em inglês... Até parece que isso é coisa nova...Trata-se apenas da fase em que a criança vive aos dois anos de idade. Vivemos em uma sociedade que gosta de rótulos. Então agora, é tudo por causa dos “Terribles Two“.

Aos dois anos, a criança já anda e fala muita coisa, o que facilita o desprendimento da mãe e também a sua relação com o pai e os outros.

Até os cinco anos, a criança pensa que é o centro do universo e que as pessoas existem para satisfazer os seus desejos. Ela é egocêntrica. Tudo é dela, não divide brinquedos e se opõe às ordens e limites.

Gosta de esparramar os brinquedos, construir e destruir coisas, explorar todo o ambiente e como os adultos precisam de rótulos, a criança passa a ser chamada de teimosa, egoísta, birrenta e hiperativa.

Ela gosta de se exibir diante dos outros, mexer com terra, água, fazer sujeira. Explorando, sujando, teimando e mexendo em tudo, ela desenvolve a psicomotricidade, a inteligência e a capacidade cognitiva. Seus impulsos motores estão muito desenvolvidos, corre em todas as direções, deixando os outros exaustos. Sobe em tudo, liga e desliga tudo o que estiver ao seu alcance, rasga revistas e assim fortalece o seu tônus muscular.

Na relação com as outras crianças, empurra-as e trata-as como objetos manipuláveis, sendo incapaz de compartilhar os brinquedos e as brincadeiras. Podem estar juntas, mas cada uma brinca separadamente.

Ainda nessa fase, acontece um fenômeno muito importante. É quando a criança se liga a um brinquedinho, paninho qualquer e dele não se desgruda nunca. Trata-se do objeto transicional, que a tranquiliza por representar a mãe ou o seio materno. Ele não deve ser retirado da criança, pois isso poderia atrapalhar a sua relevante função, acarretando possíveis danos psíquicos.

Essa criança não entende o significado moral da palavra NÃO e é bobagem colocá-la de castigo, para PENSAR sobre o que fez. Isso só serve para mostrar à criança que PENSAR é castigo.

Nessa fase, desenvolve medos inexplicáveis e, por vezes, comportamentos estranhos. Ela acha que os objetos têm vida própria e algumas vezes os teme.

A sua necessidade e autonomia e de conhecer o mundo é interminável, sendo importante que a deixemos explorar o ambiente (basta tirar o que for de valor ou perigoso do seu alcance). A aprendizagem se dá pelo toque e pela experiência.

Aliás, toda a aprendizagem não se transmite pelo processo “eu falo e você escuta “. Trata-se de um processo ativo e construtivo.

Pense bem antes de dar limites para essa criança. Como ela não entende o NÃO e como se acha a dona do mundo, ela vai insistir naquilo que você a proíbe. A melhor maneira de dar limites nessa fase, é mudando o foco da atenção da criança. Não adianta dizer:

- Desça daí!

Ela vai teimar, então é melhor você se levantar, tirá-la de onde está e chamar a atenção dela para algo interessante.

Será que a criança de dois anos é tão terrível assim?

 Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWdnZTeFIwZ0lfSjg



Quando desconfiar da anorexia e bulimia?

A anorexia e a bulimia são distúrbios alimentares dos quais o número de casos vem aumentando especialmente em adolescentes do sexo feminino e com boa condição socioeconômica e cultural. Anorexia: é uma doença em que a garota se enxerga muito acima do peso e a ingestão alimentar reduz drasticamente.

A recusa é voluntária e na fase inicial da doença, não ocorre uma perda real do apetite. Mais tarde o organismo pode acostumar-se com a pouca alimentação e a pessoa pode chegar até a inanição.

O anoréxico pode morrer em estado de desnutrição. Desidratados, os pacientes sofrem perda de eletrólitos, principalmente potássio, fundamental para o funcionamento muscular e cardíaco. Bulimia: é quando existe uma compulsão alimentar em que se come acima do que deveria e, em seguida, uma forma forçada de eliminar o que foi consumido através do vômito, laxantes, diuréticos e outros medicamentos.

Normalmente a pessoa bulímica come sozinha e escondida, não se importando com o sabor da comida ou sua combinação. Após o episódio compulsivo, sente-se culpada e com certo mal estar físico em razão da quantidade excessiva de alimentos ingeridos, ocorrendo-lhe a ideia de induzir o vômito para não engordar. Este comportamento lhe traz satisfação e alívio momentâneos e assim ela pensa em ter descoberto a forma ideal de manter o peso sem restringir os alimentos que considera proibidos.

O bulímico pode morrer devido aos métodos purgativos há pacientes que chegam a vomitar 15 ou 20 vezes por dia que estimulam a desidratação e perda de eletrólitos.
Quais são os sintomas?

- Baixo peso
- Interrupção da menstruação
- IMC abaixo de 15 em crianças e adolescentes
- abuso de prática de exercícios físicos
- prisão de ventre e depressão.
Quais são as causas que motivam a anorexia e a bulimia?
- Genética: se a mãe já passou por algum transtorno alimentar, é comum que a filha possa ter.
- Cultural: influência do ideal de beleza de modelos magras que é divulgado pela mídia.
- Hormonal: é comum que na adolescência que as garotas não se aceitem como são. Então, para ser bem aceita na escola, entre amigos e o namorado, acaba "aderindo" ao transtorno, na tentativa de emagrecer.
- Elementos psicológicos: pode acontecer quando a garota passa por problemas pessoais,
como separação dos pais, bullying e abuso sexual.

Como interferir?

O tratamento se dá com ou sem internação e utiliza de equipe multiprofissional com intervenções medicamentosas, psicológicas e nutricionais.

Ambas são doenças crônicas, de difícil controle. É necessário o acompanhamento a longo prazo, e as recaídas são frequentes.

O diagnóstico e o tratamento precoce podem fazer toda a diferença entre o fracasso e o sucesso terapêutico.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWcXl4aDczMmFiMkU


A importância da proteína na alimentação dos bebês

Existem muitos nutrientes necessários envolvidos no desenvolvimento de um bebê, desde sua concepção até a vida adulta, além dos estímulos afetivos, sensoriais e cognitivos É muito comum os pais se preocuparem com a alimentação dos bebês, principalmente porque o crescimento infantil é visível no decorrer de toda a infância.

Além do crescimento, as proteínas cumprem funções na estrutura do corpo, como articulações, cartilagens, cabelos e unhas, funções reguladoras, sistema de defesa e controle da circulação do bebê.

Para que o bebê tenha todos os benefícios das proteínas é importante que ele seja amamentado com o leite materno que é o alimento perfeito, produzido pelas mães especialmente para o seu filho, de acordo com as suas necessidades.. As proteínas presentes no leite materno se modificam em diferentes concentrações no decorrer do crescimento do bebê, sem sobrecarregar seu organismo e principalmente os rins. .

As proteínas ingeridas nesta fase irão beneficiar o bebê até a vida adulta, pois serão completamente utilizadas nas quantidades especificas de cada fase dos primeiros mil dias de vida. Quando não for possível o aleitamento materno o pediatra ou nutricionista deve recomendar uma fórmula infantil que contenha proteínas adaptadas.

O leite de vaca integral possui uma quantidade de proteína 4x maior que o leite materno. Já existem estudos hoje que mostram que crianças que consomem uma alta quantidade de proteína nos primeiros anos de vida tem maior chance de desenvolver sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Por esta razão o leite de vaca integral deve ser evitado, pois os cuidados na infância devem ser totalmente pensados na prevenção das doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial para a vida adulta.



Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWZnV0T19ha3ZNeU0

Animais domésticos e a criança: prós e contras

- Mamãe, quero um bichinho de estimação!!!!!!!

E agora? No momento que seu filho te faz esse pedido, você entra em desespero ou logo vai atrás de um lindo bichinho pra ele?

Se você ainda tem muitas dúvidas, calma, vamos te ajudar a esclarecer muitas delas. Conviver com animais de estimação traz grandes benefícios e são importantes na vida das crianças, pois, proporcionam prazer e ajuda as crianças a desenvolver competências e habilidades para a vida adulta.

O desenvolvimento infantil está dividido em crescimento biológico (aspecto físico) e o desenvolvimento das habilidades e das capacidades (cognitivo, emocional e social).

Foi comprovado cientificamente que apenas 30% do desenvolvimento infantil é genético e 70% depende de estímulos externos (brincadeiras, atividades e exercícios), principalmente, até os 3 anos de idade.

Os animais adoram brincar e podem ajudar as crianças a crescer e a se desenvolver, oferecendo "apoio" enquanto ela passa pelas diferentes etapas de seu desenvolvimento. Ao permitir que a criança tenha a oportunidade de conviver com animais de estimação desde pequena, os pais estão oferecendo ao filho uma maneira incrível de experimentar o mundo físico e social e assim, estimulando habilidades motoras e cognitivas, diminuindo problemas emocionais, por meio do vínculo afetivo com o animal.

Estudos tem mostrado que crianças com animais de estimação desenvolvem alguns benefícios em algumas áreas:

Sometimes pet relationships are ranked higher than certain kinds of human relationships for comfort, esteem, support and confidence.

Benefícios físicos:

Uma pesquisa sobre desenvolvimento infantil, realizada nos Estados Unidos, mostrou que crianças que interagem com seu animal tendem a não desistir com facilidade de atividades que julgam ser difíceis, pois, junto com o animal a criança tenta novamente realizar, de maneira que nenhum programa de televisão, jogos, videogames ou brinquedos conseguiu estimular.

Quanto mais estímulos a criança tiver mais conexões neurológicas se formarão, portanto, mais habilidades a criança vai ter. A presença de um animal de estimação em casa, interagindo diretamente com a criança, incentiva-a a se exercitar e a realizar atividades de coordenação motora global (engatinhar, ficar em pé, andar, equilibrar-se, correr, subir e descer escadas) e atividades de coordenação motora fina (desenhar, pintar, segurar objetos pequenos). Crianças de famílias que possuem um animal de estimação tem maior desenvolvimento motor.

Benefícios psicológicos:

O vínculo que surge entre a criança e o animal faz com que ele desfrute de um amigo e companheiro que sempre estará ao seu lado e que o aceita sem pedir nada em troca. Os animais de estimação fazem a criança se sentir mais segura, confiante, útil, valorizada e importante, ajudando na autoestima da criança que é uma necessidade humana indispensável para o desenvolvimento saudável na vida adulta, tendo valor de sobrevivência.

Ter um bichinho de estimação interagindo com a criança faz com que ela se sinta amada e apreciada, o que ajuda a desenvolver o lado do seu eu (nossa identidade). Cuidar do animal (alimentar, educar, treinar) ajuda a criança a se sentir competente de maneira muito mais eficaz do que quando aprendem a fazer coisas da vida diária.

Os animais não sabem, mas, ajudam e muito os pais a ensinar experiências que envolvem as emoções, responsabilidades e consequências, desenvolvendo paciência, autocontrole, respeito, autonomia e liderança em seus filhos.

Benefícios sociais:

O ser humano precisa das interações sociais para a satisfação de suas necessidades. Essa interação começa quando uma pessoa tem a percepção do outro. Para que essa percepção seja bem sucedida é importante perceber o outro de forma correta.

Quando uma criança convive com algum animal de estimação, ela aprende a fazer a leitura corporal que é um elemento fundamental para a empatia (capacidade de compreender o sentimento ou a reação do outro). A criança aprende a ver o próximo com mais facilidade, como alguém com característica e sentimento diferente da sua. Essa aprendizagem ajuda a criança não olhar apenas pra si mesmo e com isso não ser egoísta. A compreensão dessa diferença faz dela um ser humano mais sociável, com uma personalidade sadia e com uma ótima interação social.

O animalzinho também pode servir como forma de comunicação, pois, favorece a aproximação entre pessoas fazendo assim elas conversarem de assuntos diversos.

As crianças mais tímidas podem ser mais beneficiadas pelo bichinho de estimação. Em situações novas com pessoas desconhecidas, tendem a se fechar. A presença do animalzinho reduz a ansiedade do ambiente e tira o foco de atenção da criança. Ao se sentir mais relaxada e segura, suas chances de se relacionar com os outros aumentam significativamente.

Benefícios cognitivos:

O desenvolvimento cognitivo é o processo de adquirir conhecimentos como: pensamento, linguagem, raciocínio, memória, atenção, percepção e imaginação.

É nessa área do desenvolvimento que a criança percebe o ambiente externo em que vive e que nos relacionamos. Para adquirir esses conhecimentos não há segredo, somente aprender. O desenvolvimento cognitivo da criança passa por fases. A passagem de uma fase para a outra depende dos estímulos que a criança recebeu e pela reação da própria criança sobre esse novo conhecimento.

Se os pais enxergarem no animal de estimação um instrumento facilitador para a aprendizagem de seus filhos, eles terão um grande aliado. Um animal de estimação tem o "poder" de despertar o interesse e o prazer pelo conhecimento na criança. Por si mesmo, o animal representa um elemento motivador.

Pesquisas mostram que as crianças que interagem, constantemente, com os animais apresentam maior desenvolvimento cognitivo, obtêm pontuação maior em testes de QI (Quociente de Inteligência) e melhoraram o rendimento na leitura, ao longo do tempo.

Os bichinhos de estimação também ajudam na criatividade. Eles são excelentes para o desenvolvimento dos pequenos "criadores", pois, nunca estão ocupados para admirar um novo trabalho, e cultivar a curiosidade, a imaginação e a fantasia da criança.

Todos os benefícios são excelentes e tentadores, porém, antes de ter um bichinho, Cuidado!!! Ter um animal de estimação requer muito compromisso. O animal não deve ser tratado como um brinquedo, aquele que serve para algumas horas e depois é largado em um canto qualquer. Nem tudo será um mar de rosas na convivência com o animal, mas os pais devem aproveitar justamente estes momentos para a educação dos filhos.

A criança na maioria das vezes vai amar estar ao lado do animal, mas também haverá situações em que ele poderá sentir raiva ou se sentir frustrado. Isso pode ocorrer no caso do bichinho não o obedecer, fazer xixi fora do lugar ou morder suas coisas. Provavelmente, a primeira reação da criança será querer bater ou gritar. É aí que os adultos devem interceder e explicar que o animal não sabe o que está fazendo e orientar a criança de forma a aprender a lidar com ele com respeito e dedicação.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWbm8wbjJuZkJHTmM



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Que brincadeiras estimulam o bebê de até 12 meses?

A criança inicia o desenvolvimento do seu psiquismo já na fase intrauterina, sendo capaz de sentir tudo o que a mãe sente e continuará incorporando o clima afetivo do ambiente mesmo após o nascimento. Portanto. Um ambiente calmo tranquilo e seguro, fará com que o bebê seja mais feliz.

Conversar com o bebê na barriga, cantar para ele, acariciar o barrigão e encher a casa de música, são estímulos muito importantes para a formação da criança.

Aos três meses de idade aparece a primeira conduta inteligente do bebê, que é a sua capacidade de brincar. E o seu primeiro brinquedo são as suas próprias mãozinhas. O bebê olha para as suas mãos, coloca-as na boca, descobre os dedinhos e fixa o seu olhar neles, observando os seus movimentos. Esse é o jogo mais remoto da criança.

Em seguida ela consegue produzir alguns sons, o que lhe traz imenso prazer e alegria. Aparece também o que também chamamos de as primeiras tentativas do jogo de esconder – quando ela tenta cobrir o rostinho com o lençol.

Entre os três e os oito meses, a criança desenvolve brincadeiras com o seu próprio corpo: Virase, rola, mantém a cabeça em pé, estende a mão para pegar um objeto, senta-se. As pernas e pés passam as fazer parte dos seus jogos corporais.

Os brinquedos prediletos, nessa fase, são todos aqueles que estimulam os sentidos da criança:

objetos coloridos, com textura e formas diferentes, móbiles, chocalhos, brinquedos flexíveis, coisas que se encaixam. Os chocalhos são muito importantes, pois como fazem barulho ela o explora de todas as maneiras e tenta reproduzir os sons que ela escuta no ambiente.

Aos cinco meses de idade, a criança já aprendeu a brincar de esconde-esconde com um paninho e essa brincadeira é muito importante, pois fará com que a criança perceba que a mãe some quando ela cobre o rosto e volta a aparecer quando ela o descobre. Sabe por que essa brincadeira é importante? Porque ajuda a criança a se separar da mãe.

- Como assim? Você me pergunta. É o seguinte:

Com oito meses, aparece a primeira angústia da criança: A Angústia da Separação. Ela chora quando está diante de estranhos e teme que a mãe suma. Brincando de esconde-esconde, ela aprende que a mãe some diante dos seus olhos, mas que volta. Assim, ela se acalma. Por volta dos nove meses, ela já começa a brincar de teimar diante do NÃO. Olha para a mamãe e ri quando vai mexer em algo que sabe que a mamãe não gosta.

Com dez meses ela brinca com os seus genitais e adora enfiar o dedo em buracos. Principalmente nas tomadas.

Até um ano, os melhores brinquedos são aqueles que estimulam os cinco sentidos: tato, paladar, olfato, visão e audição. Os brinquedos que auxiliam do domínio dos movimentos também são ótimos: tambores, maracas, chocalhos, colheres, panelas com tampas, bichinhos de borracha e de pelocia, móbiles, músicas, objetos sonoros e flexíveis, caixas, cubos de encaixe, bolas...


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQ3hvWVpPa2VfZ0E


quinta-feira, 14 de maio de 2015

O sistema de defesa da criança após o primeiro ano de vida

Do nascimento até próximo dos 2 anos a criança tem na cavidade bucal sua maior fonte de prazer. Nesse período de grande importância para o desenvolvimento infantil a criança descobre o mundo colocando tudo o que vê na boca. Contudo, junto com o aprendizado, uma grande quantidade de patógenos também é levada para o corpo.

O amadurecimento do sistema imunológico ocorre na infância e é influenciado por diversos fatores como a genética, o meio ambiente e a alimentação. O consumo adequado de vitaminas e minerais específicos para cada fase da criança é fundamental para que esse processo ocorra adequadamente.

O consumo adequado de imunonutrientes fortalece o sistema imunológico Os nutrientes mais importantes para a adequada formação e manutenção do sistema imunológico são as vitaminas A, C e E, além dos minerais selênio, ferro e zinco.

A vitamina A atua na imunidade contra os corpos estranhos e pode auxiliar a controlar a infecção por bactérias, enquanto a vitamina E otimiza a resposta imune e reduz a ação dos radicais livres na membrana das células de defesa.

A vitamina C participa do processo de ativação e sobrevivência das células do sistema imune.

Diferentemente do conhecimento popular, essa vitamina atua no fortalecimento do sistema imunológico, porém não há nenhuma evidência científica consistente que justifique o consumo de vitamina C para a cura de gripes e resfriados.

O selênio é um mineral que aumenta a resistência do sistema imunológico. Dentre suas diversas funções, aumenta a proliferação das células de defesa, melhora a capacidade do organismo de neutralizar os vírus e bactérias e tem ação antioxidante.

O zinco é essencial para o funcionamento de algumas enzimas que aceleram o sistema imune e o ferro atua na proteção contra microrganismos por meio da resposta adaptativa e inata. 

Importância do aleitamento materno e dos alimentos fortificados Já é consenso que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e a manutenção da amamentação de forma complementar até os dois anos de idade ou mais é de extrema importância para a saúde da criança, conforme as recomendações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria.

O prolongamento do aleitamento materno traz benefício adicional no final do primeiro e segundo anos de vida, uma vez que há contínua oferta de imunonutrientes e prebióticos, nutrientes que estimulam a microbiota intestinal e, por consequência, melhoram a imunidade.

Comumente, crianças desmamadas começam a consumir leite de vaca in natura a partir do
primeiro ano de vida completo, quando o organismo já está preparado para receber esse alimento. Contudo, apesar de rico em cálcio, o leite de vaca in natura contém baixo teor de ferro e outros imunonutrientes.

Tem sido bastante discutido na literatura científica a relação entre o consumo de leite de vaca in natura em crianças menores de 5 anos e a alta prevalência de anemia por falta de ferro (anemia ferropriva). Alguns autores tem recomendado o consumo de leite modificado enriquecido com ferro para reduzir as chances de desenvolver essa doença tão comum na infância. Em crianças, a anemia ferropriva pode afetar o crescimento, a aprendizagem e aumentar a predisposição a infecções.

Para crianças que não são amamentadas e com idade superior a 1 ano, postergar o consumo de leite de vaca in natura e introduzir leite modificado e fortificado com imunonutrientes também é uma boa alternativa para facilitar o amadurecimento do sistema imune da criança.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWWDg5bVNfVy0yRTg

terça-feira, 24 de março de 2015

Dentes de leite merecem todo o cuidado !!

Existe e é comum a concepção que os dentes de leite, por serem temporários, não precisam de cuidados e tratamento. Eles são realmente temporários, porém nem por isso devem ser descuidados.

Os dentes de leite são 20 ao todo. Primeiramente os dentes anteriores começam a nascer dos 6 aos 12 meses e entre os 18 aos 36 meses nascem os posteriores e os caninos. São dentes importantes porque permite a estética, a correta mastigação, deglutição e ajudam na fala também. Além disso, funcionam como guia para a erupção dos permanentes, mantendo a posição e o espaço adequado e a perda prematura pode ocasionar sérios problemas ortodônticos.

São dentes que possuem a mesma estrutura dos dentes permanentes, ou seja, possuem esmalte, dentina, raiz e canal. Como na troca pelos permanentes há a reabsorção da raiz, muitos pais acham o dente não dói e consequentemente não há necessidade de tratamento.

É justamente o oposto, os dentes de leite são suscetíveis a cárie, essa sendo profunda, ocasiona dor e pode ser até necessário o tratamento de canal, para assim preservar o dente e suas funções.

Um problema muito comum é a cárie de mamadeira. Ela ocorre quando há um excesso de açúcar na alimentação ou mesmo quando a criança dorme logo após mamar, sem fazer a higiene bucal.

Para prevenir a criança nunca deve dormir sem fazer a higiene oral. É difícil, mas necessário, já que durante o sono o fluxo salivar diminui e consequentemente aumenta o risco do desenvolvimento da cárie.

As crianças também precisam de flúor para um desenvolvimento dental saudável e muitas cidades já adicionam flúor na água

Se a criança necessitar de uma complementação, o pediatra ou o dentista podem orientar a melhor forma de introduzi-lo.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes



terça-feira, 17 de março de 2015

Vitaminas fundamentais para o crescimento saudável: Vitamina A e Niacina

Desde o nascimento, a alimentação exerce grande influência em todos os aspectos da saúde da criança. A falta de nutrientes essenciais pode resultar em falhas no crescimento e no desenvolvimento infantil, aumentando a vulnerabilidade às infecções, atrasos no processo de maturação do sistema nervoso e intelectual, podendo até ser irreversível dependendo da intensidade e do tempo que a criança ficou exposta à falta de nutrientes.

No Brasil as pesquisas apontam que 17,4% das crianças até 5 anos tem falta de vitamina A. Esta carência pode a ocorrer em qualquer fase da vida, entretanto, ela é potencialmente um problema de saúde entre as crianças de até 6 anos de idade. Este período é caracterizado pela alta necessidade desta vitamina para suportar o rápido crescimento, transição da alimentação do leite materno para a dependência de outras fontes alimentares e aumento da frequência de infecções.

A consequência da deficiência de vitamina A nos primeiros anos de vida incluem o retardo do crescimento e desenvolvimento e em casos mais graves pode levar à cegueira. A vitamina A é encontrada em alimentos de origem animal, como leite humano, carnes, fígado, óleos de fígado de peixe, gema de ovo, leite integral e seus derivados. Aproveita-se também a vitamina A de alimentos de origem vegetal como as frutas amarelo alaranjadas não ácidas como manga, damasco e mamão, além de hortaliças verdes como espinafre, também na cenoura e suas folhas.

A niacina, ou vitamina B3, também conhecida como ácido nicotínico, pode ser produzida dentro do organismo, com a presença de um aminoácido (parte das proteínas) chamado triptofano.Sua função é fundamental durante a infância pois ela participa da produção de energia a partir dos alimentos ingeridos. Quando a alimentação não é adequada às suas necessidades e a família não tem a orientação correta, a criança pode desenvolver fraqueza muscular, perda de apetite, e alterações na pele, decorrentes da falta da niacina. A forma grave é o surgimento da pelagra ("pele áspera") que se caracteriza por pele avermelhada e áspera, principalmente nas áreas mais expostas à luz solar: rosto, pescoço, joelhos, cotovelos; língua vermelha e lisa; ardor na boca; estomatite; diarreia e alterações mentais (cefaleia, irritabilidade, esquecimento, etc.)

As principais fontes da vitamina B3 são: fígado, carnes em geral (aves e peixes), amendoim e cereais integrais, como trigo. O leite e os ovos, apesar de pobres em niacina, são boas fontes de triptofano. Estes alimentos devem participar rotineiramente da alimentação das crianças.

Para garantir a oferta de nutrientes importantes como vitaminas e minerais, a alimentação da criança não deve ser sempre a mesma, contendo somente os alimentos que ela gosta. 

Quanto maior a variedade de alimentos oferecidos, maior a quantidade de nutrientes que será ingerido. A monotonia alimentar é muito comum na infância devido à rejeição de determinados grupos de alimentos como frutas, verduras, legumes, castanhas e leguminosas, porém esta condição pode ser evitada e prevenida, expondo a criança a diferentes cores de alimentos, texturas e consistência variadas rotineiramente.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWaGpZdmJnN216bGs

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