domingo, 29 de setembro de 2013

Meu filho é hiperativo?

A hiperatividade conhecida também como TDAH (Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) é um distúrbio comum, mas, pouco divulgada, difícil de detectar e fácil de confundir. O distúrbio trata-se da síndrome da conduta, de origem neurobiológica, mais frequente durante a infância. Estima-se que cerca de 5% da população infantojuvenil, de 3 a 16 anos, desencadeou TDAH, porém, esse distúrbio ocorre mais frequentemente nos meninos.

Uma das causas da hiperatividade é a hereditariedade. No entanto, muitas crianças que não apresentam histórico familiar possuem o hiperativismo. Nestes casos, cientistas afirmam que uma das principais razões para ter desencadeado o distúrbio, foi na gravidez. De acordo com a DSM-IV (Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais), gestantes que abusam do cigarro, ou de substâncias químicas, tem grandes chances de desenvolver uma criança hiperativa. Problemas no parto também aumentam as chances da criança desenvolver o transtorno.

Um grande problema nas escolas com pais e professores é a dificuldade que eles sentem para identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe falta é limites, pois os sintomas são muito parecidos.

Para identificar o hiperativismo alguns comportamentos devem ser observados com mais atenção, como:

Inquietude: a criança move os pés, mãos e o corpo sem parar ou sem um objetivo claro. A criança levanta, salta e corre quando naquele momento deveria estar sentado;

Baixa autoestima: A criança desenvolve baixa autoestima devido a sua impopularidade;
Impulsividade: reagem sem pensar nas consequências, são impacientes e interrompem
conversas e tarefas sem nenhum receio. Não respeita a vez dos outros;

Concentração: a falta de concentração é uma das características marcantes, eles não se
atentam aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.

Persistência: a falta de persistência é comum na hiperatividade, eles não terminem as tarefas, evitam as que precisam de um esforço contínuo;

Distração: se distrai com muita facilidade e esquece o que deveria fazer;

Surdez fictícia: pois, parece não escutar o que a outra está falando.

Para um diagnóstico preciso é necessário que esses sintomas ocorram com frequência e não de vez em quando. A criança pode ser avaliada por um pediatra ou até mesmo por um psicólogo infantil, que é o profissional mais indicado e que irá realizar diversos testes de atenção e também de autocontrole.

A criança hiperativa necessita de ajuda e de um acompanhamento profissional para melhorar ou anular os sintomas do transtorno, diminuir ou eliminar os sintomas associados e melhorar a aprendizagem, linguagem, escrita, relação social e familiar.

Para que isso ocorra, o especialista deverá oferecer informações aos pais e professores, além de tratamento farmacológico (uso de remédios) se necessário e tratamento psicopedagógico. Os pais desempenham um papel fundamental e muito importante durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitam de muito apoio, compreensão e carinho, além de muita paciência para que aos poucos sua vida entre no ritmo normal.

Geralmente, com a passagem da puberdade os sintomas da hiperatividade vão reduzindo e a grande maioria que sofre com o transtorno apresenta significativa melhora na fase adulta.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWM21zNkI5d2ZqSUk


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Estimulando bebês em casa com a música – Parte 1

Seu filho gosta de ouvir música? Sente prazer em mexer o corpinho quando ouve uma canção? Pois saiba que é possível incentivar a musicalidade desde cedo e que isso só trará aspectos positivos para a vida de seu filho.

As aulas de música em escolas especializadas são uma excelente opção e podem iniciar na vida dos pequenos geralmente, a partir de 8 meses, quando são capazes de sentar sozinhos. Os professores irão desenvolver atividades variadas e específicas à faixa etária, proporcionando muito estímulo e desenvolvimento aos pequeninos. 

Nas aulas, o pai ou a mãe também participam e podem vivenciar momentos preciosos do seu bebê interagindo com o grupo, além de aprender também, um repertório rico de canções e brincadeiras para praticar com seus filhos em casa.

Mas se por algum motivo não for possível participar de aulas de música com especialistas, a mamãe pode estimular seu filho em casa com atividades que irão proporcionar prazer e estimular o desenvolvimento da criança.

Escolha um local em sua casa que seja seguro, arejado e sempre trabalhe com materiais que não ofereçam perigo ao bebê. Separe um tempinho da rotina diária ou semanal para essas atividades. Planeje as brincadeiras musicais que serão realizadas com antecedência.

É de suma importância utilizar canções com letra adequada e com temas do universo infantil. Tenha cuidado na escolha das gravações, arranjos e tessitura que serão utilizadas. Escolha canções curtas (canções folclóricas são muito úteis nestes momentos, como “Caranguejo não é peixe”, “Samba- lele”, “Borboletinha”, etc). Utilize fantoches e dedoches para representarem os personagens que são citados na canção. Por ser um material concreto (o fantoche), promove uma maior interação da criança com a proposta sugerida. Convém no entanto, depois de algumas vezes manuseando os fantoches, substituir o apoio visual pela expressão gestual e instigar a criança a reagir falando. Ao dispensar o recurso visual (fantoches), estamos estimulando a imaginação, além de promover a necessidade da comunicação verbal. Apesar de serem canções simples, são interessantes às crianças porque contam na sua grande maioria, pequenas historinhas e ajudam seu filho a entender o significado das palavras e a conexão com as ações. Por exemplo, a música “Palma, palma, palma” induz a criança a bater palmas, “Cabeça, ombro, joelho e pé” explora o esquema corporal. Canções que estimulam a percussão corporal (bater palmas, pés, sons com a boca, etc), movimentos de correr, pular, andar, marchar não apenas trarão momentos divertidos entre vocês, como também contribuirão para o fortalecimento da musculatura, desenvolvimento do senso rítmico, da percepção e da coordenação motora do seu filho.

É muito importante estar atento às oportunidades de brincadeiras que surgem através das letras das canções. Muitas solicitam que mostrem partes do corpo, mandem beijos, abracem, como por exemplo, a música “Sai piaba” (folclore). É uma canção curta, simples, onde a letra sugere o movimento que deve ser feito, oportunizando momentos de afetividade entre pais e filhos, pois termina com um gostoso abraço.

A música é uma ferramenta muito eficiente para ensinarmos qualquer tipo de informações, como: números, cores, comportamentos como guardar os brinquedos, cumprimentar as pessoas, passar o brinquedo para o colega, etc.

Temos à disposição músicas especificas no ensino de conteúdos e regras comportamentais. Pesquisa, disposição, disciplina e planejamento são essenciais para que as atividades musicais sejam eficientes em casa.

Trabalhar com rimas, parlendas e brincadeiras infantis com os bebês são atividades indispensáveis, pois possibilita que a criança tenha contato com a linguagem de forma lúdica e prazerosa. Um exemplo é a parlenda que brinca com os dedinhos (Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura bolo, cata piolho...) que conta os dedinhos e que termina tocando o bebê e fazendo cócegas. Os pequenos demonstram entusiasmo com atividades assim.

Conte a história contada pela música antes de cantá-la e crie efeitos sonoros para enfatizar alguns momentos. Crie gestos para fazer durante a canção. A música “A Dona Aranha subiu pela parede”, pode se tornar uma brincadeira divertida, quando o adulto pega o bracinho da criança e sobe com os dedos como se fosse à aranha. Essa mesma canção pode ser sonorizada com instrumentos, balançando o pandeiro para representar o sol, tocando o pau-de-chuva para representar a chuva.

Brincadeiras de colo, como “Upa, upa cavalinho” são uma das brincadeiras favoritas dos bebês. O adulto pode cantar variando a velocidade da canção, ora mais rápida, ora mais devagar, para que brincando a criança perceba diferentes andamentos. Canções que brinquem de esconder e achar o bebê também estão entre as brincadeiras prediletas. Atividades em duplas, como serra-serra serrador, também são muito interessantes, pois fazem com que a criança vivencie a pulsação da música e ao mesmo tempo interagem de mãos dadas com quem está brincando com ela. São atividades simples e que atraem até os bebês mais pequeninos.

Além do repertório folclórico, atualmente temos uma infinidade de CDs produzidos por professores de música e compositores muito competentes, que muitas vezes lidam com esta faixa etária diariamente e fazem músicas especificas para interação entre pais e filhos. Pesquise, converse com um professor de música pedindo indicação de bons materiais e selecione um repertório de qualidade para a educação musical do seu filho.

DVDs com ênfase em música são muito didáticos, mas se a intenção é também desenvolver o vínculo afetivo entre você e seu filho, é importante que você assista com ele e enfoque alguns pontos que achar interessante no vídeo.

Cantar, dançar, brincar, é só começar! O mais importante é proporcionar a você e seu filho, momentos de prazer e diversão. Faça isso por ele e por você mesmo. Desta forma ele vai perceber como é divertido cantar e estar com você, e naturalmente, laços afetivos recheados de boas lembranças serão construídos, de uma forma natural e eficiente, no conforto da sua casa.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWWU1GSFFfZDhBSEk

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Como cuidar de gêmeos, trigêmeos ou mais

No tempo dos nossos avós era comum que os casais tivessem muitos filhos. Eram doze, dez, oito etc.! Mas, a vida era bem diferente dos tempos atuais. Não que nossas avós tivessem mais tempo do que nós.

Já pensaram em lavar e passar roupa, preparar as refeições, cuidar da casa e tantas outras atividades de todo este pessoal? Na verdade, os cuidados com uma criança já são uma tarefa bastante grande. Já pensaram para os pais de primeira viagem?


E agora, vão chegar gêmeos ou mais!

Em primeiro lugar, depois de passado o choque, a alegria, prepare-se para se programar. Se um casal cuida de um bebê, considere que para dois serão necessárias quatro pessoas. Isto pode incluir avós, irmãs mais velhas, tias, madrinhas, babás etc. A programação deve incluir uma divisão bem clara de atividades e considere como perda de tempo a realização de tarefas não essenciais. Não fique estressada se não conseguir deixar a casa como era antes dos bebês chegarem. Procure descansar sempre que possível não se sentindo culpada por isso. Programe-se quanto aos gastos, necessidades básicas como fraldas, produtos para os bebês etc. Não considere os gêmeos como pacotes. Cada um tem a sua individualidade e suas próprias necessidades.

Quanto à alimentação, podemos dizer que é possível amamentar os gêmeos, apenas com um pouco mais de imaginação. Por exemplo, dar de mamar na mesma hora vai economizar bastante tempo. Lembre-se, que quanto mais eles mamarem, mais leite você irá produzir. É claro que às vezes você pode ser vencida pelo cansaço de modo que não é nenhum demérito lançar mão de uma fórmula láctea que pode ser ministrada por outra pessoa.

Se você já tem outros filhos, verá que os gêmeos, em todos os locais por onde passarem vão atrair mais a atenção das pessoas, fazendo você perder mais tempo até com a simples tarefa de passear com eles. O cuidado que você deve ter com o irmão mais velho é de ordem psicológica, pois, poderá gerar ciúmes pelo maior tempo que você deverá despender com os bebês.

Quando estiverem maiores, não pense que o trabalho vai diminuir. Quando começarem as papas, quando começarem a andar, quando correrem um para cada canto!

O amor, no entanto, não se divide, ele se soma. Deste modo, a retribuição pelos seus esforços será amplamente recompensada. Pelo menos em dobro.

Planeje tudo com antecedência, pois muitas vezes os gêmeos chegam antes da hora, o que pode complicar um pouquinho mais as coisas.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWcWR6Q1VDcDVXRDQ

Meu filho está com piolho. E Agora?

A infestação por piolhos não é acompanhada de complicações sérias para a criança.

No entanto, há um alto grau de ansiedade entre os pais e responsáveis por escolas e creches. Piolhos na cabeça ou Pediculose têm sido companheiros do homem desde a antiguidade. Há algumas décadas, tínhamos problemas com resistência aos produtos disponíveis para uso. Porém, as maneiras de remover estes incômodos visitantes têm melhorado.

Em nosso meio é comum a infestação em pré-escolares e escolares (entre 2 e 12 anos). Antes da chegada dos modernos inseticidas, usava- se produtos derivados do petróleo e tratamentos com ervas. Houve progressos com a chegada do DDT, mas, caiu em desuso devido à grande contaminação do meio ambiente e perigo de intoxicações. Apareceram, então, agentes como a permetrina, deltametrina, o benzoato de benzila e o monossulfiram que se tornaram os medicamentos de uso atual. Mais recentemente também passou a ser utilizada a ivermectina – único dos medicamentos de uso oral. Seu uso não é autorizado, no entanto, em crianças com menos de 15 Kg. 

Uma fêmea de piolho põe dez ovos por dia durante sua vida de três a quatro semanas. Esses ovos se fixam firmemente ao pêlo e duram oito a nove dias para saírem do ovo e vão  atingir o estágio adulto em oito a nove dias. Estes dados são muito importantes para se calcular quando deve ser repetido o tratamento.

Numa infestação inicial a coceira demora algumas semanas para aparecer. Desta forma a infestação se espalha mais facilmente porque não chama a atenção dos pais. É muito difícil fazer a prevenção. As crianças fazem muito frequentemente o contato cabeça-a-cabeça, o que ajuda na disseminação.

O tratamento inicial deve ser feito com produto à base de permetrina diluído conforme orientação da Academia Americana de Pediatria. Este produto é considerado o menos tóxico dos disponíveis no mercado. As instruções de uso devem ser atentamente lidas pelo usuário. Existem cuidados especiais de como aplicar e são diferentes para cada um destes produtos. O tempo de permanência do medicamento em contato com a pele também deve ser observado atentamente. Pode ser usado mais de uma vez desde que se constate a presença de insetos vivos. Deve-se fazer novo tratamento após nove dias de terminado o tratamento devido ao ciclo de vida do inseto. O retorno às aulas deve ser avaliado com cuidado. A coceira pode permanecer por períodos de 2 semanas após a eliminação dos insetos por questões de sensibilização.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWTWpwZlZIUHpjOW8


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