segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Brincadeiras que estimulam o desenvolvimento do seu filho

Brincar é tão essencial na vida de uma crianças que na Declaração Universal dos Direitos da Criança já diz desde 1959 que toda criança tem o direito de brincar. Existe brincadeiras para cada fase ou idade da criança. Brincar tem três grandes objetivos: o prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. Brincando, a criança faz grandes descobertas.

Como estimular com brincadeiras o desenvolvimento em bebês com:

1 mês:

- Cante para o bebê, ele também começará a ficar mais vocal.
- Mude a posição do mobile de vez em quando ou mude a posição do bebê para dar uma visão diferente.
- Balançar chocalhos para o bebê associar o som ao movimento.

2 meses:

- Desde o começo, o seu bebê vai ouvir e responder a sua voz. Use essa conexão para falar coisas sobre o móbile, suas cores, o movimento, os personagens que ficam pendurados.

- Colocar diferentes sons para que ele procure onde está.
- Mostrar brinquedos coloridos para que o bebê acompanhe com os olhos.

3 meses:

- Coloque a mão ou o pé do bebê ao alcance de brinquedos que fazem som, ele irá
tocar e verá uma resposta do brinquedo, ativando seu senso de ação e reação.
- Oferecer brinquedos nas mãos do bebê para ele chacoalhar.
- Dançar e movimentar com o bebê para adquirir equilíbrio.

4 meses:

- Coloque o chocalho na mão do bebê e chacoalhe suavemente.
- Oferecer mordedores e brinquedos para que o bebê leve até a boca.
- Ajude o bebê a exercitar a coordenação ao segurar brinquedos na frente dele, chacoalhar e deixa-lo pegar. Coloque o chocalho nas mãos do bebê, chacoalhe e diga ''Ouviu esse som? Você que fez!'' Elogiar faz o bebê tentar de novo

5 meses:

- Oferecer brinquedos para que o bebê possa esticar as mãozinhas e pegar.
- Colocar o bebê em frente ao espelho, ele sorri com seu próprio reflexo.
- Bata palmas com o bebê.
- O bebê se diverte quando liga luzes e som de um brinquedo.

6 meses:

- Ele gosta de brincadeiras simples como, “achou!”
- Estimular o bebê a colocar os pés na boca.
- Seu brinquedo favorito são as mãos e acompanha com os olhos seu movimento.
- Esconder o brinquedo fora do alcance do bebê e estimular ele a procurar ou tentar alcançar o brinquedo.

7 meses:

- Adora batucar e fazer barulho com panelas e colheres de pau.
- Gosta de se arrastar com a barriga.
- Adora tocar em seus brinquedos.
- Imite para ele sons de diferentes tipos de animais

8 meses:

- Deixar uma caixa de brinquedos bem grande e cheia para que ele escolha o que quiser.
- Dar ao bebê alguns brinquedos que façam barulho, como tambores, chocalhos e guizos.
- Explore todas as funções de um brinquedo junto com o bebê, mostre para o ele como apertar as teclas e virar páginas.

9 meses:


- Use os brinquedos para apresentar ao seu bebê as cores.
- Brinque de bola com ele.
- Oferecer ao bebê objetos de texturas diferentes para que ele toque como espuma, madeira, toalha, metal, borracha etc.

10 meses:

 Estimule o bebê a levantar e ficar em pé colocando um brinquedo no topo e dizendo:

“O que será que acontece se apertarmos este botão aqui em cima”.


- Gosta de brincar de andar segurando a mão de um adulto.
- Brinca de “achou!”
- Pedir para ele pegar um brinquedo e trazer até você.

11 meses:

- Brincar com cubos grandes e pequenos para que ele possa encaixar.
- Na hora do banho colocar brinquedos na banheira para que ele brinque.
- Espalhe brinquedos no chão colocando um pequeno e um grande. Fale sobre o tamanho:

 “Esse é pequeno, esse é grande.”

- Contar diferentes tipos de histórias para ampliar o vocabulário.

12 meses:

Faça um som com um brinquedo e peça para a criança imitar você. Ou siga o que a criança fizer.


- Colocar brinquedos dentro de um pote grande para ele tentar abrir e pegar os brinquedos que estão dentro.
- Mostrar livros e revistas para o bebê identificar objetos, animais e partes do corpo.
- Deixe o bebê brincar com o brinquedo de forma independente. Esteja lá para ajudar caso ele precise de você e ofereça  motivação: "Você consegue, vamos lá!"


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWd2dGTlpMcmFoOUE


terça-feira, 18 de novembro de 2014

A construção do paladar das crianças

Que pai ou mãe nunca sonhou com uma refeição tranquila, com os filhos sentados a mesa saboreando alimentos nutritivos sem a preocupação se estão comendo a quantidade e qualidade adequadas?

Se entendermos como é construído o paladar da criança, explorarmos positivamente suas preferências inatas e trabalharmos para que sabores desconhecidos sejam incorporados na alimentação diária, é possível tornar real esse anseio.

No útero e no leite materno se iniciam as preferências alimentares

A capacidade de reconhecer sabores começa ainda no útero com o desenvolvimento primário do olfato e paladar. Presentes no líquido amniótico, diversas moléculas derivadas da dieta da mãe são o início do aprendizado sensorial essenciais no preparo do bebê para as experiências de sabores após o nascimento.

Após o nascimento, durante o aleitamento materno, as oportunidades de reconhecimento de sabores se intensificam, pois também no leite humano há partículas vindas da alimentação da mãe que modificam com suavidade e sutileza o sabor desse rico alimento. Já é conhecido o fato de que se uma mãe come com frequência determinado alimento durante a lactação, no momento da introdução alimentar o bebê consumirá esse alimento sem recusa.

Estas experiências servem como base para o contínuo desenvolvimento das preferências alimentares ao longo da vida que são moldadas pela interação de fatores biológicos, sociais e ambientais.

Exposição repetida: estratégia que auxilia a formar o paladar infantil.

As crianças nascem com preferências ao sabor doce e ao umami* e aversão ao amargo e ao azedo. Estas preferências podem refletir um impulso biológico para os alimentos que contenham maior densidade calórica e com alto teor de proteínas, essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento dos bebês e uma aversão aos alimentos venenosos ou tóxicos, conferindo certa proteção à criança.

Contudo, apesar das preferências inatas, o paladar é modificável e influenciado pelo ambiente em que as crianças estão inseridas.

A exposição repetida a novos alimentos é uma das estratégias que auxilia a formar o paladar infantil. Os estudiosos relatam que apresentar entre 10 e 15 vezes o mesmo alimento em diferentes formas de preparo é fundamental para que a criança se acostume ao novo sabor e defina sua aceitação ou recusa.

Outro fator que ajuda a definir uma melhor aceitação é o ambiente em que o alimento está inserido. Refeições cercadas de tensão e conflitos, com crianças forçadas a comer certos alimentos pode diminuir a preferência por esses alimentos mais tarde. Por outro lado, experimenta-los em ambiente tranquilo e alegre facilita sua aceitação.

Alimentos açucarados devem ser evitados até os 2 anos de idade


Embora a preferência pelo doce seja inata nas crianças, a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos, uma vez que a criança está formando seus hábitos alimentares, que perpetuarão para a vida. O consumo de açúcar poderá fazer com que a criança se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes e deixe de aprender a distinguir outros sabores.

Em suma, o papel da mãe na manutenção de uma alimentação nutritiva durante a gravidez e lactação somada à exploração do consumo de alimentos naturalmente doces como frutas e alguns vegetais e a exposição repetida a novos alimentos, em ambientes saudáveis são a chave para que a criança desenvolva seu paladar plenamente, tenha preferências alimentares saudáveis e mantenha um bom hábito alimentar durante toda vida.

*O umamié responsável pelo gosto denso, profundo e duradouro que produz na língua uma sensação aveludada. É o quinto sabor, que complementa os demais (doce, salgado, amargo e azedo). Muito encontrado no leite materno, em carnes e alguns legumes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável Guia alimentar para crianças menores de dois anos. Um guia para o pro?ssional da saúde na atenção básica. Brasília-DF.

Ventura AK, Worobey J. Early influences on the development of food preferences. Curr Biol. 6;23(9):R401-8. 2013.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUUFORmVsX1dpeEE

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sopa

INGREDIENTES

LEGUMES: cenoura, batata, chuchu, abóbora, beterraba, vagem, mandioquinha, quiabo, cará, berinjela, nabo, abobrinha, mandioca.
CARNES: boi ou frango – 100 gramas.
VERDURAS: agrião, alface, almeirão, acelga, brócolis, couve, escarola, espinafre, folhas de beterraba, folhas de couve-flor, repolho, chicória.
LEGUMINOSAS E CEREAIS: arroz e macarrãozinho. TEMPEROS: sal, cebola, tomate, 1 colherzinha de manteiga ou margarina.


MODO DE PREPARO

Lavar bem os legumes e verduras. Colocar na panela 1 litro de água fria, os temperos, os legumes, os cereais, e a carne picada em pedacinhos.

Cozinhar bem. Amassar com garfo na hora de oferecer a criança. Não usar liquidificador para bater a sopa. Nos primeiros dias, preparar a sopinha somente com água, carne, arroz, batata, cenoura e sal.

Oferecer a sopinha com colher, na quantidade que a criança aceitar bem. Aumentar e variar aos poucos os legumes e as verduras.

GEMA DE OVO **A PARTIR DO 7º MÊS**

Oferecer a gema bem cozida (dez minutos de fervura). Iniciar com uma colher de chá. Aumentar a cada 3 dias, até uma gema inteira. Depois oferecer da maneira que a criança aceitar melhor. Oferecer uma vez ao dia. Todos os dias.

Autor: Dra. Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWLVAyZWZTcXRJcEU

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cantigas de roda, aumentam o potencial da criança?

Pensar em criança, é pensar em movimento. Tudo é motivo para mexer o corpinho. Tudo tem que virar brincadeira para ser divertido. Como dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo”. Nada é mais encantador para a criança do que brincar. Através desta linguagem ela se expressa, demonstra seus interesses , necessidades e se mobiliza para aprender e se desenvolver.

Pensar em criança, também nos leva pensar em aprendizagem, pois a capacidade de aprender é muito maior quando somos bem jovens. Com os estudos avançados da Neurociência, hoje temos informações seguras, que a fase dos 0 a 6 anos são de extrema importância para o desenvolvimento infantil. É a fase de estruturação do Sistema Nervoso, onde comportamentos são aprendidos e consolidados. As pesquisas mostram que a genética é importante, mas o ambiente no qual o indivíduo está inserido e suas interações, também contribuem e muito, nas habilidades e nos comportamentos que desenvolverá para seu futuro. Em uma entrevista à Revista Pais e Filhos, a neurocientista Elvira Souza Lima explica: “Música é a atividade artística mais completa. Pode ser um instrumento, palmas marcando um ritmo, um canto ou uma dança: o estímulo que vem com o aprendizado musical é mais completo do que ler e escrever. A música é campeã em ativar redes neuronais no cérebro. Uma criança que começa antes dos 7 anos a estudar música tem maiores possibilidades de os lados esquerdo e direito do cérebro se comunicarem melhor, desenvolvendo a atividade do pensamento”.

As crianças desde bem pequenas, demonstram um interesse natural pela música. De maneira geral, expressam suas emoções com maior facilidade através das canções do que pelas palavras. Mas para que a criança possa usufruir dos benefícios que a música oferece, é importante que seja oferecido à ela um repertório de canções e brincadeiras específicas à faixa etária, além de um espaço seguro e arejado, material sonoro rico e ao mesmo tempo, próprio para ser manipulado.

Esse processo musical na primeira infância é chamado de musicalização infantil, que são propostas que tem como objetivo principal, contribuir com o desenvolvimento global da criança, onde ela terá a oportunidade de vivenciar a linguagem musical através de brincadeiras, jogos musicais, em um espaço de sensibilização, construindo seu próprio conhecimento, através de práticas e reflexões musicais.

O objetivo principal do trabalho com a música na Educação Infantil, não é formar músicos, mas oferecer ferramentas que colaborem no desenvolvimento da criança de forma integral.

Alguns acreditam que uma boa aula de música na primeira infância,tem que ter basicamente instrumentos musicais. Obviamente, oferecemos objetos e instrumentos sonoros nas aulas, mas essa é uma parte da aula. É importante que a criança tenha a oportunidade de vivenciar a música em suas diversas formas, seja cantando, dançando, dramatizando e se movimentando.

Uma das atividades que sem dúvida mais interessam e mais promovem a aprendizagem nas aulas de música, são as brincadeiras cantadas, que são atividades ligadas ao movimento e representações. Quando utilizamos estas atividades nas aulas, estamos indo ao encontro das necessidades e interesses da criança, que é brincar e se movimentar. Sendo assim, ela terá foco e atenção nas atividades, terá prazer em repetir e assim, estará consolidando sua aprendizagem de forma prazerosa. Explorando seu corpo, através de movimentos, a criança é capaz de vivenciar os elementos musicais como ritmo, andamento, pulso, dentre outras habilidades essenciais para prática musical, contribuindo para o desenvolvimento psicomotor da criança, o que a auxiliará quando for utilizar e tocar um instrumento musical no futuro.

Através de atividades coletivas, a criança vai formando sua identidade, aprende a se relacionar e a cooperar com os demais. Brincadeiras de roda com cantigas do folclore, por exemplo, são atividades que promovem um grande estímulo no cérebro, pois necessitam de diferentes coordenações. É necessário cantar, dançar, sincronizar o movimento para a roda girar no andamento adequado, prestar atenção nos comandos sugeridos durante a canção, além da parceria entre todos os amigos que estão brincando e se socializando. Desta forma, a criança exercita sua criatividade e imaginação, sua desinibição e aprende também a respeitar as regras do jogo e a cooperar, além de apresentar á criança valores culturais do seu meio.

Como afirmavam duas grandes referências da educação musical Emile Jaques Dalcroze (1865-1950) e Carl Orff( 1895-1982), a música deve ser aprendida pela prática e vivência corporal. Em seus métodos, eles sempre afirmaram que é através dos movimentos, interagindo em grupo, através de uma escuta ativa, que as crianças percebem a melodia, o fraseado, o ritmo e a forma da música, formando a chamada consciência rítmica, o que ajudará a criança no futuro a ser um adulto com facilidade para perceber e executar ritmos musicais.

Quando vemos crianças brincando de roda, cantando e se divertindo, podemos ter a certeza também, que estão vivenciando a música de forma integrada, além de ser uma ferramenta poderosa para o professor identificar as facilidades e dificuldades de cada aluno e assim, poder estimular de forma adequada.

A música é poderosa, envolvente e acima de tudo, deixa memórias boas e inesquecíveis. Quem não se lembra de sua infância brincando de roda? As memórias geralmente são tão positivas, que geralmente são as músicas que cantamos para nossos filhos quando são pequenos, para brincar com eles.

Como pais, desejamos que nossos filhos se desenvolvam, mas acima de tudo queremos que cresçam felizes e com boas recordações em relação a sua infância.

A vida é feita de momentos. Por isso devemos estar atentos as vivências que estamos
oferecendo a nossas crianças.

As brincadeiras cantadas são, sem dúvida, uma forma acessível, barata e poderosa para deixar memórias cheias de risos e divertimentos a seu filho, além de contribuir para que ele se desenvolva de forma plena e feliz. Não é toa que essas canções existem a centenas de anos, ultrapassando diversas gerações. É cultura, é aprendizado,é diversão!!!

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWeU9qdGRfREs5c2s

Quibe vegetariano recheado

Ingredientes

200 g de trigo para quibe
1 colher (sopa) de óleo
1 cebola média
1 cenoura ralada
100 g de vagem picada
2 batatas cozidas e amassadas
sal a gosto
orégano a gosto
200 g de queijo minas frescal picado em cubos pequenos

Modo de Preparo

Deixe o trigo de molho na água por 20 minutos. Escorra e esprema bem para tirar o excesso de água. Em uma panela, aqueça o óleo, refogue a cebola, a cenoura e a vagem e tempere com sal e orégano. Deixe a batata esfriar um pouco, e misture com o trigo. Tempere a massa também. Em um refratário untado com margarina, coloque metade da massa, o queijo e o recheio, e cubra com o restante da massa. Leve ao forno, preaquecido, a 220°C por 20 minutos.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQWJ3Ykd0ajJocGs

Panqueca de espinafre com ricota

Ingredientes:

Massa

2 farinha de trigo copos americanos
500 ml de leite ou 2 copos americanos
1 ovo
1 pitada de sal e manteiga para pincelar

Molho

50 g de manteiga
1 cebola pequena ralada
1 dente de alho pequeno, picado
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de leite
sal a gosto
noz moscada ralada, a gosto

Recheio

1/2 colher (sopa) de óleo
500 g de espinafre picados e sem os talos
500 g de ricota fresca
sal a gosto

Modo de Preparo

Massa: Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata por 30 segundos até a mistura ficar homogênea. Aqueça uma frigideira antiaderente, pincele com manteiga e espalhe 3 colheres (sopa) da massa, girando a frigideira rapidamente fora do fogo para que se espalhe por igual.

Leve ao fogo baixo até dourar. Vire e doure do outro lado. Repita a operação até fazer todas as panquecas, pincelando com manteiga quando for necessário, para não grudar. Reserve.

Molho: Em uma panela com a manteiga, refogue a cebola e o alho por 1 minuto sem deixar
queimar, acrescente uma xícara de leite, o sal e a noz-moscada. Dissolva a farinha na xícara de leite que sobrou e adicione lentamente mexendo para não formar grumos. Cozinhe, mexendo, até ferver e engrossar ligeiramente. Reserve.

Recheio: Em uma panela com o óleo, refogue o espinafre por um minuto ou até murchar. Escorra e deixe esfriar. Misture com a ricota e sal. Recheie cada panqueca com a mistura de ricota e cubra com um pouco do molho.

DICA: Leve ao forno por 10 minutos antes de servir

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWTmREa2I5dkJMQ1U

 

Bolinhas de Frutas

Ingredientes

1/4 melancia
1/2 melão
2 carambolas
8 laranjas (suco)

Modo de Preparo

Com um boleador (utensílio para moldar bolinhas de frutas e vegetais), faça bolinhas de melancia e melão. Reserve. Lave a carambola, corte em fatias e retire as sementes. Disponha as frutas em copinhos e regue com o suco de laranja. Leve a geladeira se preferir servir gelado.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWVXlNNnlhSzN5a3M
 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Souflê de Legumes

Ingredientes

2 colheres (sopa) de farinha de trigo
300 ml de leite
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
1 pitada de sal
50 g de queijo ralado
4 ovos
Legumes cozidos e cortados em cubos

Modo de Preparo

Derreta a manteiga, sem deixar esquentar muito. Junte a farinha, depois o sal e o leite, mexa sempre até engrossar. Retire do fogo e deixe esfriar. Misture as gemas bem batidas, o queijo, e os legumes. Por fim às claras em neve. Leve imediatamente ao forno a 180°C, em um pirex untado com manteiga, por 15 minutos.

Sobre a receita:

Rendimento: 12 unidades
Tempo de Preparo: 25 min.
Tempo Total de Preparo: 25 min.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWWUtFYVV5dGRYSkU


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Proteína: o nutriente mais importante da vida

Desde o nascimento até a puberdade a proteína é essencial para o adequado crescimento e desenvolvimento da criança.

Suas funções vão desde a composição de hormônios importantes para o metabolismo, como o hormônio de crescimento e a insulina, passando pela produção de anticorpos, essenciais para a imunidade estável e de enzimas, que aceleram as reações químicas da célula. Isso sem contar que parte da pele e dos ossos são formados por colágeno e elastina, estruturas de origem proteica e a própria musculatura que é uma rede de proteínas que dá forma e movimento para o nosso corpo.

Leite materno: composição adequada para o bebê

Dentre os alimentos que são fonte de proteína temos as carnes vermelhas e brancas, peixe, ovos, leites e seus derivados como queijos e iogurtes, além do leite materno.

Para o bebê o leite materno tem a composição ideal para seu crescimento e desenvolvimento. Há baixo teor de proteínas, cuja composição de aminoácidos é adequada às necessidades da criança, elevado teor de gordura de boa qualidade com ácidos graxos importantíssimos para o crescimento cerebral, elevado teor de lactose, que ajuda na absorção da proteína e do cálcio, contém zinco e ferro de ótima absorção pelo organismo, além de baixa carga de solutos, que preserva a função dos rins, ainda tão delicados nessa fase da vida.

O excesso de proteínas aumenta o risco de obesidade

Se a deficiência de proteínas pode comprometer o crescimento e desenvolvimento do bebê, o excesso também é prejudicial.

Diversos estudos tem demonstrado que o consumo proteico elevado nos dois primeiros anos de vida está associado a uma aceleração do ganho de peso da criança, representando maior risco de sobrepeso e obesidade na vida adulta.

Uma das hipóteses que justifica essa afirmação é o fato de uma maior oferta proteica pode
promover o aumento da concentração de hormônios Insulina e Fator de Crescimento Semelhante à Insulina (IGF-1) que favorecem o ganho de peso acelerado na infância.

Já é sabido que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida e complementar até os 2 anos de idade ou mais é o mais recomendado para as crianças, para prevenir, dentre tantos benefícios, a obesidade na vida adulta.

Para mães que não amamentam, a escolha de uma fórmula infantil com quantidade e qualidade mais próxima do leite materno garante uma programação do organismo e uma resposta endócrina adequada, prevenindo o ganho de peso futuro.

A leitura de rótulos e uma conversa franca com o pediatra são boas condutas para preservar ainda mais a saúde de seu filho.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWTXZXVmsyT0w1Qnc

Cuidados com a saúde bucal da criança

Certamente uma imagem que vem a cabeça quando falamos em higiene bucal da criança é aquele menino ou menina na ponta dos pés ou em cima da cadeira, debruçado na pia para escovar os dentes. Mas os cuidados com a higiene bucal iniciam-se bem antes e envolve algumas escolhas onde o pediatra e o dentista deve participar.

A prevenção inicia-se ao nascimento, ainda sem dentes onde após a mamada deve-se enrolar uma gaze ou fralda no dedo, úmida em agua fervida ou filtrada, e fazer a higiene de toda a boca. Após o aparecimento dos primeiros dentinhos, por volta dos 6 meses, a higienização bucal deve ser feita com gaze, tecido macio umedecido ou dedeiras de borracha ou silicone 2 vezes ao dia. A partir de 14 meses, com a erupção do primeiro molar de leite a escova deve ser introduzida e a higiene realizada após as refeições e antes de dormir com a escova molhada em água estéril ou com uma pequena quantidade de pasta de dente sem flúor, já que a criança ainda não sabe cuspir.

Como a água de muitas cidades possui tratamento com a adição de flúor deve-se ter um cuidado na escolha do creme dental para que não ocorra um excesso e consequentemente fluorose, onde ocorrem manchas nos dentes e em casos severos porosidades e amarelamento. Sendo assim toda higiene bucal das crianças deve ser supervisionada pelos pais. A escovação dos dentes sempre após as refeições, escovando o dorso da língua e com pasta sem flúor até que elas tenham domínio do ato de bochechar e cuspir toda a pasta. Isso normalmente ocorre entre os 5 ou 6 anos de idade e a partir disso pode utilizar a pasta da família.

O uso do fio dental deve-se iniciar quando os dentes começam e se fixar um junto ao outro, por volta dos 24 meses, inicialmente 1 vez ao dia.

Em casos onde não há o tratamento da água, em crianças com alto índice de carie ou em caso de dificuldade em encontrar a pasta sem flúor pode utilizar pasta infantil com concentração de 500ppm (informação que está no tubo da pasta), sempre com orientação do dentista ou do pediatra, na quantidade de um grão de arroz, 3 vezes ao dia.

A prevenção dos problemas de saúde bucal das crianças inicia-se no nascimento e passam pela orientação e participação dos pais que irão supervisionar e incentivar as crianças; e dos pediatras e dentistas que irão adequar cada caso a sua necessidade.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes



sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Dormir respirando pela boca pode trazer malefícios para seu bebê?

O nariz funciona como barreira: filtra, umedece e aquece o ar, o ser humano nasceu para respirar pelo nariz e não pela boca, chamamos de respirador bucal quem apresenta uma respiração oral por mais de quatro meses, a boca não precisa estar escancarada, bastam os lábios e dentes ficarem entreabertos. Atualmente 30% das crianças brasileiras respiram pela boca e apresentam a chamada 'síndrome da respiração bucal'.

Apresentam narinas entupidas, desconforto na garganta e voz anasalada, instala-se um problema sério que, devido à falta de atenção dos pais, acaba prejudicando a saúde, a qualidade de vida e o desenvolvimento das crianças.

E isso por vários motivos, principalmente porque o ar que entra pela boca é mais agressivo ao organismo – já que chega ao pulmão com as impurezas do ambiente.

O diagnóstico nem sempre é fácil, as causas mais comuns são as rinites alérgicas e o aumento das amígdalas (localizadas na garganta) e adenoides (também conhecidas como carne esponjosa). Quando estas últimas ficam grandes demais, o ar não passa. Outras causas são as inflamatórias (sinusite), infecciosas (rinofaringites) e alterações anatômicas (desvio de septo).

Ao longo do tempo, o hábito de respirar pela boca provoca flacidez dos músculos faciais, lábios e língua, alterações na postura corporal, deformidades faciais, insuficiência respiratória, má oclusão dentária, cansaço frequente, boca seca, mau hálito, falta de apetite e noites mal dormidas.

Por causa da flacidez na boca e na língua, o processo de mastigação e deglutição também fica comprometido. Resultado: a criança não tem uma alimentação adequada, já que é impossível triturar a comida e respirar ao mesmo tempo. "Ela come rápido, mastiga pouco, utiliza líquido para auxiliar na hora de engolir e prefere alimentos pastosos. Da mesma forma, a fala, o sono e a concentração sofrem danos. Ainda acontece uma menor oxigenação cerebral quando se respira pela boca, o que prejudica o aprendizado e a criança acorda cansada, pois apresenta episódios de apneias noturnas que diminuem a sua oxigenação e que a fazem despertar durante a noite algumas vezes. Logo podemos concluir que o aprendizado, a disposição, a alimentação estarão prejudicados na criança respiradora bucal.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWS0d2eFNaaVAydmc

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Ciúmes do irmão... como lidar com a situação?

Quando se está esperando um bebê na família é motivo de muita alegria para todos, mas, para muitos se torna também motivo de muita preocupação, principalmente quando já se têm um pequeno em casa. Nem sempre o primogênito aceita esse presente com muita alegria, alguns podem se sentir inseguros, com medo e com isso lhe trazer um sentimento pela qual muitas vezes nem conhecia - o ciúmes.

A demonstração de ciúmes pode variar de criança para criança. É comum ele ter reações agressivas em relação ao bebê, ficar desobediente, ter episódios de choros várias vezes ao dia, fazer birras ou voltar a ter comportamentos pelas quais já assou, como, querer usar a chupeta e mamadeira ou ter que usar fralda novamente. Esses comportamentos têm um único objetivo, que é chamar a atenção da família. A situação, por mais difícil que pareça, é natural e deve ser trabalhada normalmente no dia a dia com muita conversa e compreensão.

A chegada de mais um membro na família pode parecer para ele uma ameaça que significa perder o amor e o carinho de seus pais, pois, até agora todas as atenções era somente para ele e agora terá que dividir as pessoas mais importantes de sua vida.

Antes de ter um irmãozinho, a criança mobilizava toda a família ao seu redor, rindo de suas gracinhas por mais simples que fosse, achando tudo lindo e engraçado. De repente ninguém mais repara em suas brincadeiras e começam a rir e querer saber de um bebê que pra ele até então é um estranho. Não parece ser nada fácil essa situação e para ele realmente não é.

Quando a criança percebe que não está tirando mais sorrisos da família como antes, começa a tentar fazer de tudo para chamar a atenção e então, descobre que quando faz alguma “arte”, ou é desobediente ele finalmente consegue a atenção dos pais, assim, o ato de se jogar no shopping, beliscar o irmão, ou dar um escândalo na frente das visitas acaba cumprindo a função de chamar a atenção, fazendo com que esses comportamentos inadequados tenham uma chance muito
grande de se repetir.

Então como ajudar seu filho?

1º - Não espere a criança ter comportamentos inadequados para prestar atenção nela. Por mais cansativo que seja, divida seu tempo entre os cuidados com o mais novo e dar atenção para o que seu filho mais velho está dizendo.

2º - Envolva a criança com os cuidados com o bebê, respeitando é claro, suas limitações. Peça pequenas coisas para ele, como pegar a fralda na gaveta, limpar a boquinha do irmãozinho, entre outras coisas fáceis de fazer.

3º - Elogie sempre os bons comportamentos. Abrace seu filho e mostre alegria por ter se comportado bem e ter tido demonstrações de carinho com o irmão mais novo.

4º - Quando ele tiver um comportamento inadequado não se exalte, pois quanto mais importância você der, mais fará parecer que aquilo está fazendo sucesso. Tente se mostrar indiferente.

5º - Converse sobre o assunto com seu filho, deixe ele falar sobre como está se sentindo e deixe claro o quanto ele é amado e que existe espaço suficiente no coração de todos pelos dois.

Todos nós já tivemos o sentimento de ciúme, e cabe a nós ajudarmos os pequenos como lhe dar com esse sentimento tão novo e  conflitante. Crie um ambiente de cumplicidade e aconchego, em que a criança se sinta segura e possa participar da novidade com alegria.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWNVIwRGw4Ump5bUE

Música e autismo: Uma dupla que dá certo!!

O autismo é um universo desconhecido por muitas pessoas. É um transtorno que desafia a ciência, por ser complexo, ter causa desconhecida,diferentes graus que apresentam tanto crianças que não conseguem falar, quanto outras que apresentam habilidades extraordinárias. Geralmente, quando os pais descobrem que tem um filho autista, se sentem bem confusos e temerosos, principalmente em relação ao grau do transtorno.

Os estudos mostram que a rede de neurônios que coordenam no cérebro a comunicação e os contatos sociais, são organizados de uma forma diferente em autistas. O transtorno afeta quase todos os aspectos do comportamento humano: a fala, o interesse por amizades e vida social, os movimentos do corpo, as emoções e interações.

O autismo deve ser diagnosticado precocemente, por meio de testes de comportamentos e questionários respondidos pelos pais. Sabemos que a plasticidade cerebral (estrutura cerebral que é capaz de se modificar de acordo com os estímulos recebidos) é muito intensa dos 0 à 6 anos. Nesta fase inicial, o tratamento apresenta melhores resultados. Depois disso, as deficiências são agravadas, portanto, é essencial buscar ajuda caso a família perceba indícios de autismo no seu filho, que são eles:

Atrasos na fala;

Olhar distante. Muitas vezes não responde quando é chamado pelo nome;

Não interage a estímulos afetivos como um olhar, um abraço ou um sorriso;

Atitude ausente;

Quando bebezinho, não estica os braços para ser tirado do berço. Muitas vezes para chamar atenção prefere fazer movimentos repetitivos;

Brinca de forma sistemática, não lúdica. Ex: Em vez de interagir com o boneco (mundo da imaginação), prefere alinha-lo a outros brinquedos, enfileirando-os;

Na presença de outras crianças se isola, por falta de interesse.

Ao perceber estes indícios, os pais devem procurar ajuda de um especialista, pois só ele poderá dar o diagnóstico. O tratamento do autismo é multidisciplinar (envolvendo psicólogas, psicopedagogos, terapeutas comportamentais, etc) e deve ser iniciado o mais rápido possível, pois o autismo traz uma série de fatores aliados. É importante a união e colaboração de todos que tem contato com a criança autista, principalmente da família, além de muita paciência e amor pela criança durante o processo, que muitas vezes, dependendo do grau do transtorno, é lento.

Respeitar o tempo e o limite da criança é muito importante, mas sem deixar de trabalhar as dificuldades. É importante ensinar a criança autista, que para um relacionamento funcionar, são necessários pequenos gestos de gentileza (contato visual, cumprimentar as pessoas, conversar,etc.). Indivíduos autistas não possuem estas habilidades, mas é algo que pode ser aprendido, apesar de para eles, não ser algo natural e prazeroso.

Apesar de ser um transtorno incurável, as pesquisas mostram que existem muitos autistas que por terem boa assistência durante a infância, cresceram, se desenvolveram muito bem e muitos inclusive apresentaram inteligência superior em certas áreas, se destacando no mercado de trabalho.

O fato de pensar de uma forma muito lógica, faz com que muitos autistas tenham muita facilidade em matemática e em música. Aliás, cada vez mais estudos apontam a música como ferramenta poderosa para desenvolver habilidades, inclusive em crianças autistas. Somos estimulados através dos sons (matéria-prima da música), desde o quinto mês de vida intra-uterina, quando nosso sistema auditivo está apto para receber informações. A música é interessante para a criança desde sempre e isso é maravilhoso, porque a motivação (vontade e interesse em querer aprender o conteúdo) é essencial para a construção da aprendizagem. Os pais dos autistas geralmente recebem orientações, para que estejam atentos aos interesses do seu filho, porque ao descobri-los, poderão utiliza-los como links para desenvolver diversas habilidades. A música é sem dúvida uma destas pontes, que atraem a atenção da criança autista e que é uma facilitadora de aprendizagens. Estudos de ressonância magnética funcional, apontam que a música causa um efeito único em pessoas autistas, principalmente como intervenção terapêutica. A música, quando utilizada de forma adequada, é capaz de relaxar, trazer sensação de bem-estar, o que pode auxiliar de forma natural, no tratamento em conjunto com outras terapias. Outro fato importante, é que pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), apesar de terem grande dificuldade em perceber sentimentos nas expressões faciais, são capazes de perceber sentimentos de alegria e tristeza em uma peça musical, ou seja, os sentimentos de uma peça musical torna-se mais claro para um sujeito com TEA do que a visualização de expressões faciais.

A música tem o poder de ser uma facilitadora de comunicação, mas para que o autista seja realmente beneficiado, com resultados à longo prazo, é necessário que a música seja utilizada de acordo com os interesses da criança, com um professor que realmente conheça as especificidades do transtorno e que saiba utilizar técnicas de musicoterapia (terapia alternativa que utiliza a música como ferramenta para desenvolver habilidades e objetivos pré-estabelecidos no indivíduo). Nas aulas, são utilizadas atividades que promovem um vínculo de respeito e confiança entre o aluno e o professor, que planeja as interações de acordo com a maturação biológica do aluno. O espaço onde as aulas acontecem deve ser seguro, livre de distrações e o material oferecido não deve oferecer qualquer perigo.

Nas aulas de música para autistas, as atividades são diversificadas, com metas bem definidas. Os exercícios são lúdicos, com diversos objetivos, como socializar a criança (através de brincadeiras de roda, brincadeiras em dupla onde o contato visual é estimulado e valorizado), desenvolver sua psicomotricidade (através de jogos psicomotores, pedagógicos, canções utilizando sons do corpo, manuseando instrumentos musicais), a linguagem (através de jogos cênicos, contação e organização de histórias cantadas com figuras associadas, jogos de tabuleiro), dentre outros. Brincando, a criança associa gestos e movimentos a conceitos musicais mais abstratos, aprende regras sociais, aumenta sua expressividade e descobre o mundo de forma agradável. Além disso, descobrimos através das brincadeiras, os interesses e necessidades individuais da criança, o que é de suma importância, pois através destas descobertas, as pessoas que interagem com o autista poderão utilizar estes interesses como temas para desenvolver conteúdos específicos. Exemplo: muitos autistas demonstram interesse por animais, dinossauros, outros preferem carrinhos, trens, etc. O professor geralmente percebe estes interesses e utiliza nas aulas, pois a motivação é essencial para a construção da aprendizagem de diversos conteúdos.

A música é uma arte extremamente acessível a todas as classes sociais. As famílias também podem estimular seus filhos em casa através da música. Existem músicas sobre qualquer tema, para trabalhar diversos conteúdos. É necessário, porém, muita pesquisa, dedicação e muita observação por parte da família em relação à criança, no sentido de descobrir os interesses dela, para fazer com que ela se interesse em interagir com as propostas. Se a criança gosta de pular, procure músicas que estimulem os movimentos corporais. Se a criança demonstra interesse por instrumentos musicais, compre tamborzinhos, clavas, chocalhos e toque com ele, acompanhando diversos estilos musicais. Se ele gosta de brincar com a bola, ligue o som com uma música que ele gosta e brinque de bola com ele olhando nos olhos e toda vez que ele olhar nos seus olhos, comemore com muita animação. Sabemos o quanto é difícil para o autista o contato visual, portanto, devemos criar atividades que estimulem o desenvolvimento desta habilidade.

Brincar com a música, é muito mais do que diversão. É uma linguagem essencial, onde a criança aprende a se expressar melhor e descobrir o mundo. Ela pode ser a ferramenta que fará grande diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança autista. A música está disponível a todos e é muito poderosa. Que tal experimentar?

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQk4xVURnZEpMNXc

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Alimentos fortificados: como eles podem fazer a diferença?


Uma das grandes preocupações dos pais que frequentam o consultório pediátrico é a recusa alimentar dos filhos, principalmente aqueles na fase pré-escolar (2-6 anos). Tal apreensão é legítima, uma vez que a alimentação inadequada pode acarretar uma série de deficiências nutricionais e prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da criança. Neste contexto, alimentos fortificados podem colaborar para atingir as recomendações diárias de micronutrientes. 

Você sabe o que são alimentos fortificados?

Alimento fortificado é todo aquele ao qual é adicionado um ou mais nutrientes contidos naturalmente ou não no alimento. O objetivo desta fortificação é reforçar o valor nutritivo do
alimento, além de prevenir ou corrigir deficiências nutricionais na alimentação da população em geral ou em grupos específicos.

Mas de nada adianta fortificar alimentos pouco aceitos pela população. Para as crianças, grupo bastante vulnerável às carências nutricionais devido à necessidade de nutrientes aumentada e recusas alimentares frequentes, a fortificação de leite, fórmulas infantis e cereais, alimentos bem aceitos e tolerados por essa faixa etária, mostram-se muito eficientes na prevenção e correção das mais diversas deficiências nutricionais.

Quais nutrientes merecem atenção na fortificação de alimentos infantis?

Embora o ferro seja encontrado naturalmente em diversos alimentos, como na carne e nas
hortaliças de cor verde escura, a quantidade consumida na maioria das famílias é, muitas vezes, insuficiente. A consequência da falta de ferro é a anemia, muito comum em crianças, especialmente nas menores de 2 anos, cujos sintomas são prostração, cansaço durante a atividade física, dificuldade de aprendizado e imunidade mais baixa.

Por falar em imunidade, alimentos enriquecidos com prebióticos e probióticos (lactobacilos e bifidobactérias) são importantes na redução do risco de infecções. Os prebióticos são carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento e atividade das bactérias benéficas do trato gastrointestinal e ainda melhoram a absorção de diversos nutrientes. Probióticos referem-se às bactérias que contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Que pai não quer uma imunidade aumentada para seu filho?

Nutrientes que também participam do sistema imunológico são o zinco e a vitamina A. Aliás, a deficiência dessa vitamina é muito comum na infância e merece atenção especial, uma vez que o consumo adequado desse nutriente previne o aparecimento de cegueira noturna.

E porque as crianças estão cada vez menos expostas ao sol, seja devido ao uso de protetores solares ou ao menor número de brincadeiras de rua, a carência de vitamina D já preocupa os profissionais da saúde. Poucos alimentos são naturalmente ricos em vitamina D, sendo o consumo de alimentos fortificados fundamental para aumentar a oferta desse nutriente que tem importante papel na saúde dos ossos.

Aliás, sabe-se que o período da infância e da adolescência é marcado por uma importante
formação óssea: aproximadamente 90% dos ossos são formados até os 20 anos de idade.
Embora as boas fontes de cálcio sejam facilmente encontradas (leites e derivados), 99% da
população brasileira não consome a quantidade adequada desse nutriente. Para suprir essa carência, o consumo de leites, iogurtes e cereais matinais fortificados com esse mineral também deve ser considerado.

Em suma, a infância é uma fase da vida que requer atenção quanto ao consumo adequado de nutrientes para que o crescimento e desenvolvimento do organismo não sejam prejudicados. Por outro lado, esse é também um período de intensa recusa alimentar o que aumenta a possibilidade de carências nutricionais. O uso de alimentos fortificados é um poderoso aliado no combate dessas deficiências e na manutenção da saúde da criança.

Autor
: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWN3o4aVhTV3ZxWnc

Inclusão social para as crianças com síndrome de down

Qual a importância da inclusão social para a criança com Síndrome de Down?

A inclusão social é muito importante para o desenvolvimento sadio e para as aquisições cognitivas da criança com Síndrome de Down. O relacionamento com a família, como tias e primos, além das brincadeiras com outras crianças e a integração escolar são essenciais. Todas as fases da vida são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e não é diferente com a criança com Síndrome de Down. A família tem um papel muito importante nesse processo de inclusão social porque será a responsável por estabelecer essa rede de relacionamentos para a criança.

Como deve ser a inclusão escolar da criança com Síndrome de Down?

Pela nossa legislação toda criança com deficiência deve estudar em escola regular da rede pública. Embora essa inclusão seja um pouco mais complexa, ela é importante para a criança com Síndrome de Down. Já temos escolas que têm por princípio a inclusão de alunos com deficiências físicas e intelectuais na educação infantil, o que favorece uma cultura de convívio
desde cedo. Isso é possível, as escolas só precisam adotar um projeto pedagógico que facilite a interação desses alunos em sala de aula. Hoje em dia temos muitos jovens terminando o ensino médio e até chegando aos cursos superiores.

Os pais enfrentam muitas dificuldades nesse processo de inclusão escolar?

A principal dificuldade é a falta de informação. Muitas escolas públicas desconhecem o potencial dessas crianças por não terem alunos com Síndrome de Down e criam dificuldades para que os pais realizem a matrícula. Na maioria das vezes é por não terem conhecimento sobre a deficiência e até mesmo por desconhecerem a legislação. Todo esse processo de acessibilidade é obrigação social da escola com os pais. Quais são as principais orientações que devem ser conduzidas pelos pediatras que favorecem a inclusão social da criança com Síndrome de Down?

Peça aos pais que pesquisem escolas que tenham projetos pedagógicos com os quais eles se identifiquem. Geralmente, escolas menores são mais acolhedoras, têm um número mais reduzido de crianças por sala, com auxiliares de professores em sala de aula. Algumas escolas públicas têm cuidadores para acompanharem crianças com deficiência intelectual e física.

Tanto na escola privada como na pública, o importante é que os professores acreditem que estas crianças aprendem , desenvolvendo estratégias para que isto aconteça, além de garantir o convívio social da criança com Síndrome de Down com os colegas de mesma faixa etária. Como é o processo de inclusão do jovem com Síndrome de Down no mercado de trabalho?

Existem algumas instituições que fazem essa mediação entre jovens com Síndrome de Down e empresas. Algumas empresas que ainda não têm essa cultura de contratação de pessoas com deficiências oferecem treinamentos para seus funcionários a fim de estimular e facilitar o convívio no ambiente corporativo.

Empresas mais estruturada como, por exemplo, a rede de farmácias Droga Raia, já possuem um programa de contratação direcionado para pessoas com deficiência intelectual, até mesmo antes de existir a cota de obrigatoriedade. Porém, infelizmente algumas empresas preferem contratar pessoas com deficiência física ou sensorial e não intelectual. As barreiras físicas são mais fáceis de serem derrubadas que as barreiras atitudinais.

Sabemos que atualmente o jovem com Síndrome de Down já vem se destacando no mercado de trabalho porque é inteligente e sabe se adaptar bem ao ambiente corporativo.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYmVmM2tlS1lzTFU

Consumo de gorduras na primeira infância e risco de doenças do coração

Gorduras saturadas, mono e polinsaturadas, gordura trans... Nutrientes de nomes estranhos, mas muito conhecidos que merecem atenção desde o início da infância, devido aos benefícios e malefícios para a saúde quando consumidos de forma equivocada. Você sabe para que servem?

O que são gorduras?

Gorduras são nutrientes essenciais para o organismo. Fornecem energia para o nosso corpo, são fundamentais para a absorção das vitaminas A, D, E e K, fazem parte da estrutura de todas as nossas células, protegem os órgãos e participam da formação de importantes hormônios do corpo

Gorduras: todas são importantes?

As gorduras saturadas estão presentes principalmente em alimentos de origem animal, como carnes de porco, boi, cordeiro, bacon, banha de porco, frango com pele, leite integral e seus derivados como manteiga, queijos e requeijão. Os únicos alimentos de origem vegetal ricos em gordura saturada são o coco, o óleo de palma ou dendê.

Se consumida em excesso desde a infância, a gordura saturada irá colaborar para o aumento do mau colesterol (LDL colesterol) aumentando os riscos de infartos.

Já as gorduras trans podem ser encontradas em alguns alimentos, como margarinas, cremes vegetais, tortas congeladas, salgadinhos de pacote e qualquer alimento que utilize em sua preparação gorduras vegetais hidrogenadas. Além de aumentarem o mau colesterol também reduzem o bom (HDL colesterol), tornando-se ainda mais prejudiciais para o coração.

Qualquer quantidade consumida da gordura trans não é bem vinda para o organismo em qualquer fase da vida.

As gorduras que, dentre tantos benefícios, podem ajudar a reduzir o mau colesterol são as chamadas gorduras insaturadas. Há dois tipos principais: monoinsaturadas e poli-insaturadas. As monoinsaturadas estão presentes no azeite de oliva, no óleo de canola, no abacate e em algumas sementes e oleaginosas como o gergelim, o amendoim e as nozes.

As poli-insaturadas são encontradas nos óleos de soja, milho, girassol, na linhaça e nos peixes. A linhaça e os peixes de água salgada e profunda, como o salmão selvagem (não de cativeiro), atum, arenque, cavala e sardinha são ricos em ômega 3, um tipo de gordura poli-insaturada essencial para a o desenvolvimento do sistema nervoso central e formação da retina do bebê durante a gestação e com potente ação no controle dos triglicérides sanguíneos e prevenção de diabetes.

Quantidade recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria !!


 

1 porção = 1 colher de sobremesa de azeite de oliva (4g) ou óleo de soja, ou canola ou milho ou girassol 1 porção = 1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina (5g)

E por que se preocupar com o tipo de gordura consumida desde a infância?


Os primeiros 1.000 dias de vida, da concepção até os 2 anos de idade da criança, é o período conhecido como janela de oportunidades, no qual o cuidado com os nutrientes ingeridos, bem como o crescimento e desenvolvimento adequados, asseguram um futuro muito mais saudável durante a vida adulta.

O consumo de boas gorduras, estar atento à quantidade de gordura saturada de qualquer alimento e restringir alimentos com gorduras trans na infância ajudam a manter sobre controle os níveis do colesterol ruim e triglicérides além de prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares futuros.

O estímulo ao consumo de alimentos que contenham quantidades adequadas de gorduras nos primeiros anos de vida forma bons hábitos alimentares e favorece um futuro muito mais saudável.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

 https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWSDlETWt1b200alU

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Pet e Crianças

Toda criança fica vidrada nos animais. Os olhos se tornam um misto de alegria, curiosidade e, às vezes, medo, quando surge por perto um cãozinho, um gatinho, um pássaro ou qualquer outro bichinho. É um verdadeiro momento de êxtase para eles e de contemplação para os adultos, que, nesta hora, certamente se perguntam “o que será que eles pensam sobre os animais?”. Mais do que alegria e curiosidade, pesquisas revelam que ter um pet em casa pode trazer inúmeros benefícios para os pequenos e para toda a família.

Benefícios

Redução da ansiedade, do estresse e a melhora das habilidades motoras e da imunidade são alguns dos benefícios para os filhos com bichinhos em casa. De acordo com uma pesquisa norte americana, crianças em idade pré-escolar que têm/tiveram pets e aprenderam a cuidar deles, desenvolveram uma melhor habilidade social, o que aumentou a autoestima. Além disso, elas mostraram-se mais compreensivas em relação aos sentimentos das pessoas e cooperaram mais em atividades, o que certamente contribui para sua socialização.

A ação e reação que existe neste relacionamento ajuda também na questão da generosidade. Os pequenos aprendem desde cedo a dividirem o alimento com seu cãozinho e conseguem entender que isso o faz sentir alegre no momento em que abana o rabo, por exemplo. Todos estes benefícios refletem em sua personalidade.

O contato desde cedo com os bichos também é válido para compreender a relação entre vida e morte. Desta forma, as crianças passam a encarar a morte com maior aceitação e menos sofrimento, afinal, esta é a única certeza que se tem a respeito da vida.

Barreiras

Mesmo com tantos pontos positivos, uma pesquisa realizada em 2009 pela Comissão de Animais de Companhia, a Comac, mostrou que apenas 33% das famílias com filhos até nove anos de idade, das classes A, B e C, possuem algum pet em casa. Sujeira, pelos espalhados no chão e doenças são alguns dos problemas apontados pelos que não possuem nenhum bicho. 

Agora que você já sabe sobre os benefícios que os pets trazem para a casa, por que não investir em um peixinho que seja, para que seu pequeno cresça e aprenda a lidar com os bichos desde cedo? Afinal, essa é uma lição para toda a vida ;).

Lembre-se: é importante você consultar o pediatra do seu filho antes da aquisição de um animalzinho de estimação. Converse com ele, tire todas as suas dúvidas, principalmente no caso do seu pequeno ter alguma alergia.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQlVOZ0lmNDBMdjA
 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

A quem recorrer... ao meu pediatra ou a uma emergência pediátrica?

Mamãe, pode ser que algum dia você fique nesta dúvida, então é bom lembrar alguns conselhos de um Pediatra.

O que é que você realmente esta vendo no seu filho? É alguma coisa que já começou há alguns dias? Está com febre? Começou agora? A criança está bem? Corada? Conversa com você?

Urina bem e a urina está clara? Reconhece as pessoas e o ambiente? Está consciente? Tem dores localizadas? A voz (ou choro) está normal? Tem tosse rouca? A pele está normal? Tem manchas vermelhas e elevadas na pele? Tem lesões escuras tipo “sangue pisado”? Tem os lábios ou extremidades roxas (cianose)? Tem movimentos involuntários (convulsão)? Os olhos estão normais e olham para você, seguem seus movimentos? Anda em linha reta? Pode haver a possibilidade de ingestão de medicamentos ou bebidas alcoólicas ou outras drogas ou produtos químicos? É um acidente? Tem sangramentos? Algum membro deformado (fratura)? Hematomas? Vomita com frequência? Está com falta de ar (dispneia)? Está engasgado?

Vamos agora conversar sobre estas indagações:

“Você tem um quadro que já dura ha vários dias.” Se a criança está bem, nada de correr para a emergência, entenda que a criança está bem se comeu razoavelmente e urinou bem, se não deixou de fazer a sua rotina do dia a dia, se está corada e apenas persiste com um determinado sintoma não grave, então procure seu Pediatra com calma.

“Está com febre!” Se começou agora, pode dar uma dose de antitérmico e aguardar algumas horas para observar o aparecimento de outros sintomas ou sinais. A febre pode estar presente por 24 a 48 horas sem haver muita preocupação desde que a criança esteja bem, se aparecerem vômitos a preocupação aumenta muito, principalmente se tiver queixas de dor na cabeça, então deverá ser examinada mais rapidamente.

“O sintoma começou agora.” Alguns sinais e sintomas, mesmo começando agora já são alarmantes e necessitam socorro rápido, como a convulsão que pode ser febril ou não, um sangramento que se mostre importante pelo seu volume ou cianose (pele roxa), dificuldade respiratória ou perda da consciência etc... nestes casos procure uma emergência e de lá entre em contato com seu Pediatra.

“Minha criança caiu...” Como ela está? Chora? Se ela consegue conversar com você e reconhecer as pessoas e o ambiente, é um bom sinal. Procure hematomas, pontos dolorosos ou deformidades. Se após algum tempo apresentar vômitos já é sinal de preocupação e se perder a consciência é pior ainda, procure uma emergência rapidamente.

“A pele do meu filho está com manchas” Observe as manchas, são vermelhas? Clareiam a cor se você as pressionar? Se sim, então seu filho deve estar com uma urticária (reação alérgica), se ele estiver bem então ligue para o seu Pediatra. Por outro lado, se você notar dificuldades respiratórias, rouquidão ou edemas (inchaços) de lábios ou olhos ou orelhas procure a emergência rapidamente.

Se o seu filho já tem alguma alergia conhecida, você deve estar preparada para tentar evitar o possível contato e tomar as medidas terapêuticas urgentes se o contato acontecer. Converse com seu Pediatra sobre essas medidas que podem ser de extrema valia.

As manchas são escuras e não clareiam se você as pressionar? Tem vômitos? Dor na cabeça? Febre? (pode ser meningococcemia). Então você deve se preocupar muito e ir para a emergência rapidamente e comunique-se com seu Pediatra.

“Meu filho tem tosse.” Se tem uma tosse com som normal, pode ligar para o seu Pediatra, conversar e marcar consulta no consultório com calma. Entretanto se a tosse é rouca (“tosse de cachorro”) e respira com dificuldade e tem olhar ansioso e às vezes até com cianose (pele roxa) dirija-se a uma emergência rapidamente e de lá entre em contato com seu Pediatra.

“Meu filho está “estranho” parece que não me vê “ Seu filho pode estar apresentando uma convulsão hipotônica vá para emergência. Verifique se é possível que ele possa ter ingerido alguma substância, se achar leve a embalagem.

“Meu filho está se debatendo, não me responde e tem os lábios roxos” Seu filho está apresentando uma convulsão tônico-clônica que pode ser com febre ou não. Nesta circunstância não dê nada pela boca, devido ao risco de engasgo ( aspiração). Vá para a emergência rapidamente.

“Meu filho está com vômitos” O seu filho pode apenas estar manifestando uma indisposição a alguma coisa que comeu ou pode estar iniciando um quadro que pode ser muito trabalhoso, a evolução vai ser decisiva para esclarecer o quadro. Se vomitou uma única vez ligue para o seu Pediatra, possivelmente ele recomendará um antiemético. Porém se persistirem os vômitos o quadro merece mais atenção possivelmente ele recomendará que você vá ao consultório ou se não for possível recomendará uma ida a emergência, se por acaso não conseguir contato com seu Pediatra dirija-se a uma emergência.

“Meu filho está com falta de ar (dispnéia)” Se você já presenciou isso em outras ocasiões, seu filho deve ser portador de asma brônquica então faça o procedimento de costume, que já deve ter sido orientado por seu Pediatra ou alergista ou pneumologista e mantenha seu Pediatra informado sobre a evolução.

Se é a primeira vez, certifique-se de que não é um engasgo e dirija-se rapidamente a uma emergência “Meu filho está engasgado” Não pense em pegar o telefone! Seu filho precisa de ajuda neste momento! Peça ajuda a quem estiver próximo! Observe a boca do seu filho, consegue ver alguma coisa? Se houver algo visível e solto na boca pode tentar tira-lo. Se não enxergar nada não tente “achar” com os dedos, pois provavelmente você irá piorar a situação empurrando ainda mais o possível objeto para dentro. Se persiste o quadro e se o seu filho for um bebê então deite-o sobre os seus joelhos , com a boca para baixo e dê um tapa “pesado” nas costas do bebê com o intuito de fazer com que o bebê ponha o ar para fora e com isso traga o tal objeto, após esta manobra torne a examinar a boca do bebê se vir algo tente tira-lo se não enxergar nada repita a operação... até conseguir a desobstrução da via aérea.

Se seu filho é uma criança grande as manobras são diferentes:

Se seu filho está em pé e emite sons, aguarde alguns instantes, se parar de emitir sons então agarre-o por trás e coloque uma de suas mãos de punho fechado sobre seu abdomem e com a outra mão agarre a mão de punho fechado e faça uma tração para si e para cima. Observe resolveu? Se sim ótimo se não... repita a manobra.

Se seu filho perdeu a consciência e está deitado, coloque-se sobre ele posicione uma de suas mãos na parte superior do abdomem e a outra mão sobre a que já estava posicionada e faça uma grande pressão para baixo e para cima, observe a boca vê alguma coisa? Se possível retire-a se não vê nada repita a manobra.


Autor
: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYWJiWGk0Y01IY0U


segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bronquiolite Viral Aguda (BVA)

O que é:

A BVA é uma doença viral que afeta as pequenas vias aéreas de crianças menores de 2 anos, causando obstrução destas vias, e por isso, caracteriza-se pela sibilância (chiado).

Em 50% a 80% dos casos, o agente envolvido é o vírus sincicial respiratório (VRS), porém pode ser causada por outros vírus.

A doença é mundial, segue a sazonalidade do vírus e causa forte impacto socioeconômico, haja vista os altos custos com hospitalizações de crianças menores de 1 ano de idade.

Principais sintomas:

O quadro clínico é variável em relação à gravidade e depende entre outros fatores, da idade e comorbidades do indivíduo (prematuridade, cardiopatia, pneumopatia, imunodeficiência). Os vírus responsáveis por causar a BVA podem também infectar adultos, causando apenas sintomas gripais leves. Porém nos extremos de idade (crianças pequenas e idosos) o quadro pulmonar pode ser muito grave. Por outro lado, nem todos os bebês vão desenvolver um quadro de doença do trato respiratório inferior, geralmente o primeiro episódio de BVA é mais grave.

As manifestações ocorrem tipicamente após o contato com indivíduos infectados, com sintomas gripais, e a transmissão ocorre, em geral, através de mãos e objetos contaminados com as secreções respiratórias.

Os primeiros sintomas são de um resfriado comum, com espirros, tosse, coriza clara, podendo ter febre ou não.

Após 2-3 dias, os sintomas de obstrução das vias respiratórias surgem, com falta de ar e sibilância ( chiado), e a partir daí a piora pode ser progressiva, com necessidade inclusive de internação hospitalar, ao se constatar sinais de gravidade, como cianose, desidratação, palidez excessiva, irritabilidade, inapetência e desconforto respiratório importante.

Tratamento:

Os quadros leves devem ser tratados em casa, com repouso, hidratação adequada e nebulização apenas com soro fisiológico.

Já os quadros moderados e graves devem ser hospitalizados, sendo que alguns necessitam de UTI. O suporte hospitalar também inclui o repouso, hidratação adequada, cuidados com alimentação via sonda quando necessário, e oxigênio umidificado.

Prevenção:

Como outras doenças virais de alta transmissibilidade, a melhor prevenção é evitar o contato das crianças pequenas, principalmente aquelas com os fatores de risco já citados. Com outros indivíduos que apresentem sintomas gripais, principalmente na época da sazonalidade viral.

Em São Paulo, por exemplo, há um predomínio de crianças hospitalizadas nos meses de março à agosto. Na medida do possível, deve-se evitar também o contato de crianças em ambientes fechados, aglomerados de pessoas e áreas com alto índice de poluentes ambientais, principalmente o tabagismo, pois é um irritante das vias aéreas e um fator agravante do quadro respiratório.

A lavagem das mãos é primordial.

Não há vacina (LINK) específica contra a BVA e a criança ou lactente jovem pode apresentar outros quadros de BVA (geralmente mais leves) ou então um quadro de sibilância recorrente ou até complicações mais sérias.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWUzRhX2o1eFdlbG8


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