terça-feira, 19 de agosto de 2014

Alimentos fortificados: como eles podem fazer a diferença?


Uma das grandes preocupações dos pais que frequentam o consultório pediátrico é a recusa alimentar dos filhos, principalmente aqueles na fase pré-escolar (2-6 anos). Tal apreensão é legítima, uma vez que a alimentação inadequada pode acarretar uma série de deficiências nutricionais e prejudicar o crescimento e o desenvolvimento da criança. Neste contexto, alimentos fortificados podem colaborar para atingir as recomendações diárias de micronutrientes. 

Você sabe o que são alimentos fortificados?

Alimento fortificado é todo aquele ao qual é adicionado um ou mais nutrientes contidos naturalmente ou não no alimento. O objetivo desta fortificação é reforçar o valor nutritivo do
alimento, além de prevenir ou corrigir deficiências nutricionais na alimentação da população em geral ou em grupos específicos.

Mas de nada adianta fortificar alimentos pouco aceitos pela população. Para as crianças, grupo bastante vulnerável às carências nutricionais devido à necessidade de nutrientes aumentada e recusas alimentares frequentes, a fortificação de leite, fórmulas infantis e cereais, alimentos bem aceitos e tolerados por essa faixa etária, mostram-se muito eficientes na prevenção e correção das mais diversas deficiências nutricionais.

Quais nutrientes merecem atenção na fortificação de alimentos infantis?

Embora o ferro seja encontrado naturalmente em diversos alimentos, como na carne e nas
hortaliças de cor verde escura, a quantidade consumida na maioria das famílias é, muitas vezes, insuficiente. A consequência da falta de ferro é a anemia, muito comum em crianças, especialmente nas menores de 2 anos, cujos sintomas são prostração, cansaço durante a atividade física, dificuldade de aprendizado e imunidade mais baixa.

Por falar em imunidade, alimentos enriquecidos com prebióticos e probióticos (lactobacilos e bifidobactérias) são importantes na redução do risco de infecções. Os prebióticos são carboidratos não digeríveis que estimulam o crescimento e atividade das bactérias benéficas do trato gastrointestinal e ainda melhoram a absorção de diversos nutrientes. Probióticos referem-se às bactérias que contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Que pai não quer uma imunidade aumentada para seu filho?

Nutrientes que também participam do sistema imunológico são o zinco e a vitamina A. Aliás, a deficiência dessa vitamina é muito comum na infância e merece atenção especial, uma vez que o consumo adequado desse nutriente previne o aparecimento de cegueira noturna.

E porque as crianças estão cada vez menos expostas ao sol, seja devido ao uso de protetores solares ou ao menor número de brincadeiras de rua, a carência de vitamina D já preocupa os profissionais da saúde. Poucos alimentos são naturalmente ricos em vitamina D, sendo o consumo de alimentos fortificados fundamental para aumentar a oferta desse nutriente que tem importante papel na saúde dos ossos.

Aliás, sabe-se que o período da infância e da adolescência é marcado por uma importante
formação óssea: aproximadamente 90% dos ossos são formados até os 20 anos de idade.
Embora as boas fontes de cálcio sejam facilmente encontradas (leites e derivados), 99% da
população brasileira não consome a quantidade adequada desse nutriente. Para suprir essa carência, o consumo de leites, iogurtes e cereais matinais fortificados com esse mineral também deve ser considerado.

Em suma, a infância é uma fase da vida que requer atenção quanto ao consumo adequado de nutrientes para que o crescimento e desenvolvimento do organismo não sejam prejudicados. Por outro lado, esse é também um período de intensa recusa alimentar o que aumenta a possibilidade de carências nutricionais. O uso de alimentos fortificados é um poderoso aliado no combate dessas deficiências e na manutenção da saúde da criança.

Autor
: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWN3o4aVhTV3ZxWnc

Inclusão social para as crianças com síndrome de down

Qual a importância da inclusão social para a criança com Síndrome de Down?

A inclusão social é muito importante para o desenvolvimento sadio e para as aquisições cognitivas da criança com Síndrome de Down. O relacionamento com a família, como tias e primos, além das brincadeiras com outras crianças e a integração escolar são essenciais. Todas as fases da vida são importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e não é diferente com a criança com Síndrome de Down. A família tem um papel muito importante nesse processo de inclusão social porque será a responsável por estabelecer essa rede de relacionamentos para a criança.

Como deve ser a inclusão escolar da criança com Síndrome de Down?

Pela nossa legislação toda criança com deficiência deve estudar em escola regular da rede pública. Embora essa inclusão seja um pouco mais complexa, ela é importante para a criança com Síndrome de Down. Já temos escolas que têm por princípio a inclusão de alunos com deficiências físicas e intelectuais na educação infantil, o que favorece uma cultura de convívio
desde cedo. Isso é possível, as escolas só precisam adotar um projeto pedagógico que facilite a interação desses alunos em sala de aula. Hoje em dia temos muitos jovens terminando o ensino médio e até chegando aos cursos superiores.

Os pais enfrentam muitas dificuldades nesse processo de inclusão escolar?

A principal dificuldade é a falta de informação. Muitas escolas públicas desconhecem o potencial dessas crianças por não terem alunos com Síndrome de Down e criam dificuldades para que os pais realizem a matrícula. Na maioria das vezes é por não terem conhecimento sobre a deficiência e até mesmo por desconhecerem a legislação. Todo esse processo de acessibilidade é obrigação social da escola com os pais. Quais são as principais orientações que devem ser conduzidas pelos pediatras que favorecem a inclusão social da criança com Síndrome de Down?

Peça aos pais que pesquisem escolas que tenham projetos pedagógicos com os quais eles se identifiquem. Geralmente, escolas menores são mais acolhedoras, têm um número mais reduzido de crianças por sala, com auxiliares de professores em sala de aula. Algumas escolas públicas têm cuidadores para acompanharem crianças com deficiência intelectual e física.

Tanto na escola privada como na pública, o importante é que os professores acreditem que estas crianças aprendem , desenvolvendo estratégias para que isto aconteça, além de garantir o convívio social da criança com Síndrome de Down com os colegas de mesma faixa etária. Como é o processo de inclusão do jovem com Síndrome de Down no mercado de trabalho?

Existem algumas instituições que fazem essa mediação entre jovens com Síndrome de Down e empresas. Algumas empresas que ainda não têm essa cultura de contratação de pessoas com deficiências oferecem treinamentos para seus funcionários a fim de estimular e facilitar o convívio no ambiente corporativo.

Empresas mais estruturada como, por exemplo, a rede de farmácias Droga Raia, já possuem um programa de contratação direcionado para pessoas com deficiência intelectual, até mesmo antes de existir a cota de obrigatoriedade. Porém, infelizmente algumas empresas preferem contratar pessoas com deficiência física ou sensorial e não intelectual. As barreiras físicas são mais fáceis de serem derrubadas que as barreiras atitudinais.

Sabemos que atualmente o jovem com Síndrome de Down já vem se destacando no mercado de trabalho porque é inteligente e sabe se adaptar bem ao ambiente corporativo.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWYmVmM2tlS1lzTFU

Consumo de gorduras na primeira infância e risco de doenças do coração

Gorduras saturadas, mono e polinsaturadas, gordura trans... Nutrientes de nomes estranhos, mas muito conhecidos que merecem atenção desde o início da infância, devido aos benefícios e malefícios para a saúde quando consumidos de forma equivocada. Você sabe para que servem?

O que são gorduras?

Gorduras são nutrientes essenciais para o organismo. Fornecem energia para o nosso corpo, são fundamentais para a absorção das vitaminas A, D, E e K, fazem parte da estrutura de todas as nossas células, protegem os órgãos e participam da formação de importantes hormônios do corpo

Gorduras: todas são importantes?

As gorduras saturadas estão presentes principalmente em alimentos de origem animal, como carnes de porco, boi, cordeiro, bacon, banha de porco, frango com pele, leite integral e seus derivados como manteiga, queijos e requeijão. Os únicos alimentos de origem vegetal ricos em gordura saturada são o coco, o óleo de palma ou dendê.

Se consumida em excesso desde a infância, a gordura saturada irá colaborar para o aumento do mau colesterol (LDL colesterol) aumentando os riscos de infartos.

Já as gorduras trans podem ser encontradas em alguns alimentos, como margarinas, cremes vegetais, tortas congeladas, salgadinhos de pacote e qualquer alimento que utilize em sua preparação gorduras vegetais hidrogenadas. Além de aumentarem o mau colesterol também reduzem o bom (HDL colesterol), tornando-se ainda mais prejudiciais para o coração.

Qualquer quantidade consumida da gordura trans não é bem vinda para o organismo em qualquer fase da vida.

As gorduras que, dentre tantos benefícios, podem ajudar a reduzir o mau colesterol são as chamadas gorduras insaturadas. Há dois tipos principais: monoinsaturadas e poli-insaturadas. As monoinsaturadas estão presentes no azeite de oliva, no óleo de canola, no abacate e em algumas sementes e oleaginosas como o gergelim, o amendoim e as nozes.

As poli-insaturadas são encontradas nos óleos de soja, milho, girassol, na linhaça e nos peixes. A linhaça e os peixes de água salgada e profunda, como o salmão selvagem (não de cativeiro), atum, arenque, cavala e sardinha são ricos em ômega 3, um tipo de gordura poli-insaturada essencial para a o desenvolvimento do sistema nervoso central e formação da retina do bebê durante a gestação e com potente ação no controle dos triglicérides sanguíneos e prevenção de diabetes.

Quantidade recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria !!


 

1 porção = 1 colher de sobremesa de azeite de oliva (4g) ou óleo de soja, ou canola ou milho ou girassol 1 porção = 1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina (5g)

E por que se preocupar com o tipo de gordura consumida desde a infância?


Os primeiros 1.000 dias de vida, da concepção até os 2 anos de idade da criança, é o período conhecido como janela de oportunidades, no qual o cuidado com os nutrientes ingeridos, bem como o crescimento e desenvolvimento adequados, asseguram um futuro muito mais saudável durante a vida adulta.

O consumo de boas gorduras, estar atento à quantidade de gordura saturada de qualquer alimento e restringir alimentos com gorduras trans na infância ajudam a manter sobre controle os níveis do colesterol ruim e triglicérides além de prevenir o aparecimento de doenças cardiovasculares futuros.

O estímulo ao consumo de alimentos que contenham quantidades adequadas de gorduras nos primeiros anos de vida forma bons hábitos alimentares e favorece um futuro muito mais saudável.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

 https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWSDlETWt1b200alU

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Pet e Crianças

Toda criança fica vidrada nos animais. Os olhos se tornam um misto de alegria, curiosidade e, às vezes, medo, quando surge por perto um cãozinho, um gatinho, um pássaro ou qualquer outro bichinho. É um verdadeiro momento de êxtase para eles e de contemplação para os adultos, que, nesta hora, certamente se perguntam “o que será que eles pensam sobre os animais?”. Mais do que alegria e curiosidade, pesquisas revelam que ter um pet em casa pode trazer inúmeros benefícios para os pequenos e para toda a família.

Benefícios

Redução da ansiedade, do estresse e a melhora das habilidades motoras e da imunidade são alguns dos benefícios para os filhos com bichinhos em casa. De acordo com uma pesquisa norte americana, crianças em idade pré-escolar que têm/tiveram pets e aprenderam a cuidar deles, desenvolveram uma melhor habilidade social, o que aumentou a autoestima. Além disso, elas mostraram-se mais compreensivas em relação aos sentimentos das pessoas e cooperaram mais em atividades, o que certamente contribui para sua socialização.

A ação e reação que existe neste relacionamento ajuda também na questão da generosidade. Os pequenos aprendem desde cedo a dividirem o alimento com seu cãozinho e conseguem entender que isso o faz sentir alegre no momento em que abana o rabo, por exemplo. Todos estes benefícios refletem em sua personalidade.

O contato desde cedo com os bichos também é válido para compreender a relação entre vida e morte. Desta forma, as crianças passam a encarar a morte com maior aceitação e menos sofrimento, afinal, esta é a única certeza que se tem a respeito da vida.

Barreiras

Mesmo com tantos pontos positivos, uma pesquisa realizada em 2009 pela Comissão de Animais de Companhia, a Comac, mostrou que apenas 33% das famílias com filhos até nove anos de idade, das classes A, B e C, possuem algum pet em casa. Sujeira, pelos espalhados no chão e doenças são alguns dos problemas apontados pelos que não possuem nenhum bicho. 

Agora que você já sabe sobre os benefícios que os pets trazem para a casa, por que não investir em um peixinho que seja, para que seu pequeno cresça e aprenda a lidar com os bichos desde cedo? Afinal, essa é uma lição para toda a vida ;).

Lembre-se: é importante você consultar o pediatra do seu filho antes da aquisição de um animalzinho de estimação. Converse com ele, tire todas as suas dúvidas, principalmente no caso do seu pequeno ter alguma alergia.


Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWQlVOZ0lmNDBMdjA
 
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