quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Uso de Bicos

O Bebê necessita usar chupeta ou mamadeira?

O uso de chupeta pode provocar alterações que irão repercutir na fala, na deglutição, respiração, mastigação e até mesmo na face (no sorriso) da criança, prejudicando a posição dos dentes.

Achamos que o uso de bicos, preferencialmente da chupeta, pode ser evitado, uma vez que as crianças quando são amamentadas ao seio não precisam deste complemento. Os bebês ao nascerem já tem a função de sucção desenvolvida, o que pode ser constatado ainda na gestação através do exame de ultrassonografia, quando podemos visualizar os bebês chupando o dedinho.

Ao mamar no peito as crianças costumam atingir uma satisfação alimentar e muscular concomitantemente, pois isto faz com que o esforço muscular seja completo (no aleitamento materno) e o bebê fica satisfeito; se ele ainda desejar sugar pode-se complementar com a própria amamentação.   Isto mostra que o bebê em aleitamento materno não necessita de chupeta ou mamadeira, uma vez que estes podem realmente prejudicar sua fala e dentição.  Trabalhos científicos demonstram que ao usar chupeta os bebês mamam menos ao peito. Se, em último caso for usada, não deixar que se instale um hábito.  Usar somente antes de dormir, pois as crianças nos primeiros meses de vida têm o sistema nervoso mais irritável e ficam ansiosas e chorosas antes de iniciarem seu sono.

Muitos pais terminam por adotar a chupeta por não suportarem o choro dos bebês. Porém este choro pode ser por frio, calor, fome, cólica, fralda suja ou necessidade de colo. Quando o bebê solta a chupeta esta não deve ser recolocada.  Ela também pode fazer com que a criança passe a respirar de forma incorreta, de boca aberta ao invés de respirar pelo nariz.  Posteriormente a sucção será substituída pela mastigação; a criança começa a ingerir líquidos no copo, portanto, o prazo máximo para a organização da vida da criança com bicos é até os dois anos de idade, quando há um melhor desenvolvimento da fala.  Assim atualmente estamos interrompendo o uso de chupeta aproximadamente aos 4 meses de idade, época em que a criança demonstra uma sucção menos vigorosa.

A forma de chupeta menos prejudicial é a chamada “ortodôntica” (achatada), apesar dos dentistas não gostarem do termo, uma vez que a ortodontia é visada para corrigir os dentes e não prejudicar.  De preferência sem aros ou argolas, para que não se pendure correntes nem fraldas (há casos de sufocação de crianças quando utilizam estes materiais).  Deve-se observar a forma e o tamanho da chupeta para não provocar dermatites no queixo e perioral.  Prefere-se o silicone, que deforma menos e é mais higiênico.

Não devemos esquecer que a chupeta também pode ser uma fonte de bactérias para a criança, uma vez que pode não ser bem higienizada (sempre deve ser fervida antes do uso) e, no caso da criança maior, quando cai no chão a criança pega e devolve à boca.

Dessa forma podemos dizer que os bicos podem efetivamente provocar problemas de ordem dentária, alteração na fala, no padrão de degustação, de respiração, de ordem infecciosa e até psicológica.
Para desestimular, na criança maior não deve-se furar a ponta da chupeta para mudar a sensação ao sugar. manter sempre no berço, lembrando que é para usar somente antes da hora de dormir. 

Nunca colocar várias chupetas à disposição da criança e a remoção deve ser gradativa, principalmente em crianças maiores. Sem ameaças, promessas, recompensas, ou punições.  A pessoa que cuida da criança sempre deve lembrar que a chupeta ou mamadeira não pode funcionar como algo muito importante para ela, porque é algo que a torna insegura e esta insegurança pode durar pelo resto da vida.

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que os produtos fabricados tenham nos rótulos o seguinte enunciado: “O uso de mamadeiras, bicos ou chupetas prejudica a amamentação e seu uso prolongado prejudica a dentição e a fala da criança”.  Objetos estes que devem ser muito bem lavados e fervidos.  Serão proibidas propagandas desses produtos.

A mamadeira costuma ser oferecida a criança deitada e frequentemente tem o furo aumentado. Isto dará um fluxo excessivo de leite.  Para bloqueá-lo, a criança produz um movimento de língua contrário ao padrão adequado de sucção, o que geralmente contribui para o desequilíbrio muscular da face.  Os efeitos dependem da genética da criança.  Também ensina a criança a respirar pela boca.

Precisamos definir com nosso filho ou com a criança que convivemos que ela deve desistir da chupeta ou mamadeira, ser firme e sustentar a decisão.  Apoiar o esforço dela com nosso carinho, estando mais tempo com ela, conversando, antes dela iniciar o sono. “Se a criança sabe pedir e procurar a chupeta e a mamadeira é porque já passou da hora de retirá-las.”

Bebês internados ficam mais estáveis fisiologicamente durante o aleitamento por copo do que por mamadeira, facilitando assim o retorno ao seio materno após a alta.

Concluindo, o que realmente proporciona bom funcionamento fisiológico da criança, contribuindo efetivamente para um melhor desenvolvimento afetivo é sem nenhuma dúvida, o aleitamento materno prolongado, sem influência de fatores externos.

Autor: Maria de Fátima Braz Menezes

https://drive.google.com/open?id=0BzyjX7Mgk5QWR3JmYzhTMFR6cFU




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